quinta-feira, 28 de novembro de 2013

SIMPLESMENTE COMPLICADO - Mostra + 60






Imagine um filme que ao lembrar você tem  vontade de dar boas gargalhadas?  Então pense na comédia romântica Simplesmente Complicado (EUA/ 2009), com roteiro e direção da cineasta Nancy Meyers, já conhecida por outras ótimas comédias, como Alguém Tem que Ceder e Do que as Mulheres gostam .
Tendo como protagonista a grande atriz Meryl Streep, conta a história de Jane, divorciada, dona de uma confeitaria e com três filhos já criados, com a vida bem resolvida, e que na formatura do filho reencontra seu ex-marido, o advogado Jake (Alec Badwin), de quem está separada há dez anos , que foi o grande amor de sua vida e que ela precisou de muitos anos para se recuperar emocionalmente desta separação.
Neste reencontro surge um clima de desejo e paixão e eis que Jane passa a ter um caso com Jake, que está casado com uma jovem bem mais nova que ele.E então a situação se inverte, Jane passa a ser a outra na vida do ex marido, que está insatisfeito com o atual casamento. Para colocar um aperitivo neste caso delicado e complicado, surge um pretendente para Jane, o arquiteto Adam (Steve Martin), que está à frente da reforma tão planejada na cozinha da residência de Jane.
A atriz Meryl Streep dá um show de interpretação e sabe dosar os momentos dramáticos e cômicos de forma surpreendente, tendo os atores Alec Baldwin e Steve Martin como ótimos coadjuvantes, em cenas que horas nos leva a boas gargalhadas, como também à reflexão. O fato de mostrar o amor e sexo na terceira idade, que sempre é um tabu no cinema, a coragem de enfrentar situações que são mais comuns em pessoas jovens, é algo interessante neste filme.
Quando o psicólogo diz para Jane,¨Se você está a fim, vá em frente¨. Isso é muito bacana, uma pessoa já de meia idade, tendo coragem de se arriscar, de viver o que a vida está a lhe oferecer, enfrentando os medos e as consequências que provavelmente ocorrerão. Esta mensagem é muito interessante e o roteiro nos leva a situações muito peculiares, horas engraçadas, outras constrangedoras e dramáticas.
E a atriz Meryl Streep, um ícone na história do cinema, está linda e sexy neste filme. É incrível o poder que esta atriz tem de tomar posse de  cada personagem que interpreta, e neste caso torcemos pela bela mulher Jane, apaixonada, decidida, sexy e  linda na terceira idade.
Este Filme foi Indicado ao Globo de Ouro 2010 de Melhor Filme/Comédia, Melhor Atriz e Melhor Roteiro e também Indicado a Melhor Ator Coadjuvante (Alec Baldwin) pelo Bafta 2010.
Um ótimo programa para uma noite agradável, vale a pena assistir ou rever!!!


domingo, 24 de novembro de 2013

BLUE JASMINE






O grande diretor Woody Allen, que a cada ano nos delicia com um filme,  dá uma tacada de mestre neste mais novo filme de sua autoria,  Blue JasmineAllen acerta em todos os aspectos, fazendo um filme preciso, enxuto, empolgante, inteligente, com uma carga forte de dramaticidade. Um filme que fala sobre a decadência de pessoas da alta sociedade, que vivem de aparências, uma tragicomédia incrível, onde o diretor soube permear a densidade, o peso da personagem principal, com momentos engraçados.
O título do filme, que é o nome da protagonista Jasmine (Cate Blanchett),  uma mulher de 40 anos da alta sociedade nova-iorquina, socielite  linda, charmosa, elegante, fútil ao extremo e alheia ao resto do mundo, inclusive à sua irmã mais nova, que ela considera um estorvo na sua vida.
Seu marido Hal (Alec Baldwin), um grande investidor financeiro metido em projetos fraudulentos, é preso e perde toda a sua fortuna. E o mundo de riqueza e futilidade de  Jasmine cai, junto a sua auto estima,  e ela é obrigada a procurar refúgio na casa  de sua irmã Ginger  (Sally Hawkins), em San Francisco.
Apesar de morar em um pequeno apartamento com dois filhos, Ginger recebe sua irmã Jasmine, e tenta ajudá-la a recomeçar sua vida. Mas Jasmine não aceita o jeito de vida simples de sua irmã, que ela considera uma perdedora.
Deprimida, neurótica, com auto estima baixa, Jasmine tenta reconstruir sua vida, mas sempre relembrando e comparando os áureos tempos de riqueza com a vida atual,  e isto é mostrado em flashback  no decorrer do filme.
A trilha sonora já nos contagia a partir dos créditos iniciais, ao som de um jazz, com ótima fotografia associada a um roteiro afinado, o destaque fica para a atuação de todos os atores que fazem jus ao sucesso do filme.
Vale ressaltar a estupenda atuação da protagonista Cate Blanchett, no papel de Jasmine, uma anti-heroína fútil, ríspida e antipática na medida certa, creio que um dos melhores desempenhos de sua carreira.
Blue Jasmine mostra a complexidade do comportamento humano, o que a vida é capaz de fazer com alguém que vive de aparências, que acredita que a riqueza principal é o dinheiro. E que perder faz parte da vida, mas saber levantar e prosseguir é o mais importante, e que tudo vai depender dos valores que as pessoas realmente acreditam . Enfim, um filme que fala de perdas, com uma personagem charmosamente triste. Imperdível!!!



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

UM CASTELO NA ITÁLIA




Esta comédia dramática (França), Um Castelo na Itália, tem a direção da cineasta e atriz Valeria BruniTredeschi, que inclusive interpreta a protagonista da trama.
O filme fala com delicadeza e sutileza romântica de um período de transformações na vida de Louise (Valeria Bruni Tredeschi), uma mulher de 44 anos, solteira, ex-atriz, que tem um grande desejo de ser mãe.
Louise conhece por um acaso um rapaz mais jovem, Nathan (Louis Garrel), e mesmo a contragosto, inicia um romance sem maiores vínculos , mas acaba se apaixonando e desejando ter um filho com ele. Mas Nathan tem outros interesses para sua vida e vai de encontro aos desejos de Louise, complicando o relacionamento dos dois, e deixando Louise mais confusa do que já se encontra.
Ao mesmo tempo, Louise precisa definir junto com sua mãe e seu irmão Ludovic (Filippo Timi), se vendem um castelo na Itália, fruto da herança de seu pai. Ludovic é contra a venda do castelo e de outras obras de arte, mas ao mesmo tempo ele se encontra muito enfermo, devido a uma doença terminal. Interessante a relação afetiva dessa família aristocrática, principalmente dos irmãos, que são unidos por laços de amizade e gostam de relembrar o passado.
Com uma fotografia precisa e dividindo a história em três capítulos, cada um passado em uma estação do ano, os temas do filme são colocados a conta-gotas, de forma delicada, e vamos conhecendo os personagens e suas situações de acordo com o que vai ocorrendo.
Mas realmente a direção não consegue criar uma empatia dos atores com a platéia, havendo um distanciamento dos personagens com as situações vivenciadas. Isso torna o filme, que contêm uma história tão atraente para agradar em geral, meio tedioso. Apesar de  romanticamente agradável e singelo, não consegue nos inspirar, uma grande pena, visto ter todos os artifícios para alcançar este fim.
Registro aqui a cena em que a família é obrigada a mandar cortar uma árvore enorme na frente do castelo, simbolizando as raízes da família, mas infelizmente não tira o real proveito de uma situação inusitada e de um simbolismo dramático.


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

CAPITÃO PHILLIPS






Capitão Phillips,  este é um grande filme do diretor  PaulGreengras , um drama com suspense americano, muito bem conduzido, com um roteiro maravilhoso, baseado na história real do livro autobiográfico  ¨A Captain’s Duty: Somali Pirates, Navy SEALs and Dangerous Days and Sea¨, do verdadeiro Capitão Richard Phillips.

Este drama com ação do início ao fim, passado em 2009, conta com detalhes o drama da tripulação do navio cargueiro Maersk Alabama, tendo a frente o Capitão Phillips, que foi seqüestrado na Costa da Somália  por piratas somalianos, cujo objetivo era econômico, sequestro para extorquir dinheiro.
Nos primeiros minutos iniciais, vemos o protagonista Capitão Phillips ( Tom Hanks), uma pai de família pacato, calmo, amoroso, preparando-se para mais uma viagem, desta vez para fazer entrega de alimentos ao povo somaliano.
Quando dois barcos com piratas somalis armados tentam atacar o navio, o Capitão Phillips usa toda a estratégia de segurança para evitar o ataque,  preocupado com o desfecho desta situação. Apesar disso, um barco com quatro somalis altamente agressivos, tendo como chefe o jovem Muse (Barkhad Abdi), têm êxito e conseguem entrar no navio. A partir daí a tensão aumenta a cada momento, com os piratas ameaçando a tripulação. E para proteger sua tripulação,  o Capitão Phillips praticamente se coloca como refém.
De um lado temos o Capitão Richard Phillips, um homem calmo mas com uma imensa carga de tensão, sendo ameaçado o tempo inteiro, correndo risco de vida. Por outro lado, o chefe do grupo de piratas, Muse, um jovem agressivo, impulsivo, inexperiente mas ciente do que deseja. Apesar de tudo, tem momentos que sentimos piedade desse jovem selvagem, que em determinado instante até diz que ¨seu sonho é conhecer os Estados Unidos¨.
Um filme de altíssimo nível, com uma  trilha sonora excelente, tranquila ou pulsante de acordo com os fatos que ocorrem, ótima fotografia e com direção certeira.  Em vários momentos a câmera trêmula nos rostos dos personagens, dando uma tensão e emoção incrível.
O ator Tom Hanks está perfeito como o protagonista Phillips, uma interpretação digna de um Oscar. Retrata um pai de família correto e ao mesmo tempo um capitão preocupado com as normas de segurança e sua tripulação. Humaniza o personagem, torna-se o anti-herói com seu jeito simples e sua insegurança diante de tanta tensão . E vale ressaltar a atuação de Barkhad Abdi como o pirata somaliano Muse, um jovem agressivo, cínico, com falas pontuais convincentes. Os outros piratas somalianos também demonstram uma atuação críveis, de tão verossímeis.
O diretor Paul Greengrass , também responsável por grandes filmes de ação e drama como A Supremacia Bourne (2003) e Vôo United (2005), neste filme mostra o poderio militar americano com soberano e a forma de abordagem do resgate é impressionante.
Um grande filme de ação e drama, onde o espectador entra na trama e nas duas horas e 15 minutos de filme, torce pela vida do Capitão Phillips, de forma angustiante e cheia de adrenalina. Filme forte, denso, para quem gosta deste tipo de filme,  tem cenas que nos prende até a respiração, de tanta tensão.
¨Vocês roubaram nossos peixes, tomaram nossos mares, por isso, de pescadores viramos piratas¨. Finalizo com esta frase de Muse , o pirata somaliano para o Capitão Phillips, na realidade para os Estados Unidos.



quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O MORDOMO DA CASA BRANCA




O filme O Mordomo da Casa Branca, um drama inspirado na história real de um mordomo que serviu por anos vários presidentes da Casa Branca, tem a direção do talentoso Lee Daniels, diretor também do filme Preciosa – uma História de Esperança.
O roteirista Danny Strong se inspirou nas entrevistas deste afro-americano que trabalhou junto aos presidentes norte-americanos, e a partir daí, fundiu varias tramas, e com isso desenvolveu várias histórias . Um verdadeiro resumo da história política norte-americana no século XX, tendo como pano de fundo o racismo norte-americano.
O filme inicia em 1926, o menino Cecil, depois de passar por muitas agruras e maus tratos em uma fazenda de algodão, onde seus pais trabalhavam. Quando seu pai é assassinado na sua frente, é transformado em criado da casa de fazenda pela matriarca  (Vanessa Redgrave), que lhe ensina toda a arte de servir, inclusive não esquecendo sua condição de negro, tendo que aprender a ¨se tornar invisível¨, como serviçal nas casas dos brancos.
Anos depois, Cecil Gaines ( Forest Whitaker) vai trabalhar em um hotel de luxo, onde muitos políticos se hospedavam. Casa-se com Glória ( Oprah Winfrey),  tem dois  filhos, sempre lhes passando os ensinamentos que considera importante para conviver com o racismo e a subserviência dos negros.
Quando é convidado para trabalhar como mordomo na Casa Branca, com muitas exigências de horários de trabalho, cria uma insatisfação com sua esposa, que se torna viciada em bebida. Seus filho mais velho Louis (David Oyelowo) não aceita a passividade do pai diante do racismo tão forte nesta época nos EUA. Seu filho passa então a fazer parte do grupo intitulado Panteras Negras, que eram preparados para enfrentar os brancos, sem violência.
Cecil Gaines serviu por trinta anos vários presidentes, políticos e seus convidados.
Em narração pelo protagonista o mordomo Cecil Gaines, este drama é intercalado e recheado de ótimos diálogos. Há um envolvimento do espectador com a vida do mordomo, com a luta contra o racismo nos Estados Unidos, através de muitos dramas e cenas de muita tensão, que em alguns momentos chega a nos inquietar.
Com um elenco formado por grande atores como Forest Whitaker como o mordomo Cecil Gaines, Oprah Winfrey como Glória, Jane Fonda como Nancy Reagan, Cuba Gooding Jr. como presidente Carter, John Cusack como Richard Nixon, Robin Williams e muitos outros, é um  filme que ao narrar a vida deste mordomo, mostra a política norte- americana e principalmente as questões raciais neste País.
Vale ressaltar a figura exemplar do mordomo através da forte atuação do ator Forest Whitaker e a fantástica Oprah, como sua esposa., numa caracterização incrível.
Um ótimo filme, que se aproveita de uma dramática história real para contar a história do racismo nos Estados Unidos.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

EU, ANNA






Primeiro longa do diretor BarnabySouthcombe, Eu, Anna (França/Reino Unido/Alemanha) já nos presenteia com uma curiosidade, a protagonista do filme é sua mãe na vida real, Charlotte Rampling .
Este suspense com drama psicológico, com roteiro minucioso e esmerado, é cheio de reviravoltas, de idas e voltas na vida de um personagem, Anna Welles ( Charlotte Rampling).
Anna Welles é uma mulher de meia idade cheia de mistérios e confusa emocionalmente, vive uma vida solitária, com sua filha Emmy (Hayley Atwell) e sua netinha , em um apartamento pequeno. Anna decide ir a um clube de solteiros, onde homens e mulheres frequentam com o objetivo de se conhecer e quem sabe, manter algum relacionamento afetivo. Desta forma Anna conhece o investigador policial, Bernie Reid (Gabriel Byrne),  e ocorre um envolvimento entre os dois.
Ao mesmo tempo que estas duas pessoas solitárias se encontram e passam a se conhecer, ocorre um crime que tem certa ligação com Anna. A partir daí, a trama monta um verdadeiro quebra-cabeças, deixando o espectador sempre curioso com cada informação que vai recebendo.
Com sagacidade e tensão emocional, o detetive Bernie vai descobrindo novas pistas e a vida de Anna, esta personagem misteriosa e solitária, vai sendo desmembrada, e vamos tecendo um paralelo entre o crime e o passado de Anna Welles.
Os atores Charlotte Rampling e Gabriel Byrne merecem destaque pela eficiente atuação, e mesmo alguns momentos quando o ritmo do filme cai, eles conseguem segurar com seu carisma e personalidade marcante.
Um filme curioso, instigante, que mistura investigação policial com um drama particular, mesclando momentos dramáticos com astúcia, aguçando a curiosidade do espectador a querer conhecer a vida da personagem do titulo do filme, Anna.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

OS SUSPEITOS





Imagine um autêntico suspense, com todos os ingredientes necessários, e estás diante de Os Suspeitos. Com direção do cineasta canadense Denis Villeneuve, este suspense reúne um drama que nos envolve nas 2 horas e meia de sessão.
Passado em Boston (Estados Unidos), conta a história do casal  Keller Dover ( Hugh Jackman) e Grace Dover (Maria Bello), que possuem dois filhos e vivem em harmonia, e o pai sempre tenta passar ensinamentos de força e determinação para seu filho adolescente. Ao irem jantar na casa dos amigos Franklin Birch (Terrence Howard) e Nancy Birch (Viola Davis), as filhas menores de cada casal, Anna e Joy, são sequestradas.
A partir daí inicia-se uma verdadeira via crucis para estas duas famílias, com muito suspense, emoção e reviravoltas, o espectador torna-se parte deste drama familiar e sente-se responsável pelo desfecho. E cada casal, diante desta situação atroz e da falta das filhas, agirão de forma tão diferente, um achando que a polícia fará justiça, enquanto o pai de Anna, procurará fazer justiça pelas próprias mãos, à sua maneira.
Como será que reagiríamos no lugar desses pais? deixaríamos a polícia fazer a parte que lhe compete, ou iríamos atrás dos suspeitos, pois o tempo neste caso é o pior inimigo?
De forma lenta, precisa, com uma direção e roteiro impecável, os personagens agem e mostram do que são capazes em situações de alta tensão emocional. Temos também o detetive Loki (Jake Gyllenhaal), um sujeito perspicaz, astuto, com cacoetes de piscar os olhos, e este ator interpreta com extrema qualidade o papel. Os atores têm uma interação incrível, mas o destaque vai para Hugh Jackman como pai da pequena Anna, este ator se entrega de corpo e alma a este papel.
Com este tema instigante e tenso, este filme fala de Fé e dos dogmas da religião, de ética e o significado de justiça. Há questionamentos sobre o dilema moral do que é certo ou errado, do que as pessoas são capazes em stress profundo, e o filme nos envolve de forma sufocante, nos leva a uma tensão quase insuportável. E o final, deixa no ar o que quisermos imaginar, particularmente adorei.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

FRANCES HA





Direção de Noah Baumbach ( A Lula e a Baleia/ 2005), o filme Frances Ha é uma comédia dramática bem atual, em preto e branco, cuja personagem principal é a jovem Frances, perdida nos seus sonhos e devaneios.
Em ritmo contagiante, temos a história de Frances (Greta Gerwig), uma jovem que mora na frenética  Nova York, junto com sua grande amiga Sophie (Mickey Summer). Frances faz parte de uma companhia de dança como aluna participante, e sonha em se tornar uma grande bailarina, apesar de não possuir o talento necessário.
Quando sua amiga Sophie decide ir morar em um bairro mais elegante com outra amiga, Frances passa a morar com dois amigos e sente muita falta de Sophie. Ao mesmo tempo termina com o namorado e não consegue se destacar na  companhia de dança
Este filme de personalidade, mostra-nos o retrato desta geração atual, com humor e muito carinho. Frances tem uma personalidade contagiante, perdida nos seus sonhos, buscando caminhos nos seus desejos internos. Contenta-se com o que sonha , mas busca algo melhor, tropeça, cai, levanta, dá risada das suas incertezas. Um personagem cativante, que encara a vida com esperança e sempre achando, mesmo quando não acontece como esperado, que poderia ser pior.
O diretor Noah Baumbach e a atriz Greta Gerwig trabalharam juntos no roteiro deste filme, como também na comédia O Solteirão (2010). Esta atriz dá a protagonista um toque especial, um tom natural e real ao mesmo tempo, uma Frances Ha cabeça de vento, sonhadora, sem cair no caricato.
A trilha sonora é realmente o peso do filme, onde se ouve desde Bach e Mozart, até Paul McCartney, David Bowie, The Rolling Stones. É realmente o grande diferencial deste filme.
Um filme atual, onde o preto e branco se incorpora a modernidade, onde fala-se de laços de amizade, insegurança e incerteza dos jovens, que muitas vezes não sabem que rumo tomar ao entrar na fase adulta . E ao mesmo tempo não querem sair deste mundinho adolescente.