domingo, 28 de dezembro de 2014

ELSA & FRED




É possível se apaixonar e viver intensamente o amor em qualquer idade? Esta é a premissa do filme Elsa & Fred (EUA), direção de Michael Radford, uma comédia romântica com uma história de amor na terceira idade. Nova versão deste filme que em 2005 foi lançado com grande sucesso, uma produção Argentina.
Fred Barcroft ( Christopher Plummer) é um viúvo na faixa dos 80 anos, que se muda para um apartamento por imposição da filha Lydia (Márcia Gay Harden) e do genro. Fred é um idoso mal humorado, hipocondríaco, fechado em seu mundo, pessimista e que só enxerga na velhice uma fase desagradável da sua vida, que o leva a pensar na proximidade da morte. Nesta mudança de domicílio, Fred conhece a sua vizinha Elsa (Shirley MacLaine), uma senhora que é o oposto dele, a alegria personificada, dinâmica, imprevisível, envolvente, que sorve todos os momentos da sua vida e apesar dos 80 anos, se sente uma garota cheia de sonhos e vive a cometer loucuras em prol de viver de forma intensa. O sonho de Elsa é ir a Roma para vivenciar a cena do filme ¨A Doce Vida¨de Fellini, onde Anita Ekberg e Marcello Mastroianni protagonizaram a antológica cena na praça da ¨Fontana di Trevi¨. Enfim, Elsa é um verdadeiro livro de auto ajuda para Fred.
Duas pessoas completamente opostas em temperamento e vivências de vida que se encontram na fase do outono tardio e apesar da idade, se apaixonam e desejam viver intensamente este momento e aproveitar esta oportunidade que a vida lhes oferece.
Uma comédia romântica meiga e divertida, uma bela história de amor com fundo melancólico.  Emoção é a palavra exata no olhar deste casal apaixonado. Reaprender a sorrir, a enxergar encanto no final da vida, com urgência de viver; tema envolvente e encantador com ar melancólico.
Os atores Shirley MacLaine e Christopher Plummer têm uma ótima química e atuação exemplar, com boa narrativa e fotografia e roteiro coerente.
Fica a reflexão sobre o tempo do amor, será que a paixão é privilégio só dos jovens? Existe preconceito pois a idade avançada leva a pensar na proximidade da morte e os subterfúgios que cada pessoa assimila diante deste fato. Pessoas envelhecem mas continuam vivas e ardentes por dentro e nunca é tarde para amar e transformar sonhos em realidade. Enfim, ¨não importa como vivemos, mas a forma como resolvemos viver¨. Fica esta grande lição de vida.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

UMA LONGA VIAGEM


Produção de Jonathan Teplitzky, o filme Uma Longa Viagem (Austrália/ Reino Unido) é um drama baseado na obra autobiográfica homônima de autoria de Eric Lomax.
Através de uma doce e bonita história de amor conhecemos a vida de Eric Lomax (Colin Firth), um veterano de guerra apaixonado por trens e traumatizado com as barbáries sofrida nas mãos dos japoneses.
Segunda Guerra Mundial, Eric Lomax era um jovem soldado britânico que, junto com seus companheiros de batalha, foi capturado pelo exército japonês em Singapura, e tratados como verdadeiros escravos na Tailândia na construção da Ferrovia da Birmânia, conhecida como ¨Caminho de Ferro da Morte¨.  Através de flashbacks assistimos o jovem Eric Lomax (Jeremy Irvine) em um campo de concentração japonês, onde foi torturado quase até a morte, gerando um trauma tão grande, que 40 anos depois tornou-se um homem reservado e fechado dentro do seu mundo e dos seus fantasmas. Em uma de suas viagens de trem, Lomax conhece Patti (Nicole Kidman), se apaixonam perdidamente e logo se casam.
 Ao descobrir através de seu amigo e companheiro de guerra Finlay (Stellan Skarsgard) que seu algoz Takashi Nagase  estava vivo e trabalhava  como guia no mesmo local  do campo de concentração, Lomax vai ao encontro do seu torturador que deixou marcas cruéis na sua alma,  possuído por sede de vingança.
Será que Eric Lomax sairá desta longa viagem saciado da sua vingança ou o encontro com seu algoz será sua redenção?
Drama profundo, comovente, uma história lenta que condiz com o enredo do filme. Voltado para mostrar fatos numa narrativa austera, um filme certinho, com cenários bem construídos e boa fotografia. Uma história com poder fascinante, imaginar que é baseado em história real e o final é incrível, coloca o revés da moeda, um acerto de contas do passado.
Uma mensagem sobre o poder do amor,  se é possível perdoar alguém que tanto mal te fez e dos traumas dos que participaram dos horrores da segunda guerra mundial.



domingo, 21 de dezembro de 2014

HOMENS, MULHERES E CRIANÇAS



O filme Homens, Mulheres e Filhos (EUA) é uma comédia dramática que fala de relações humanas na era atual, em que a internet praticamente rege e dá peso considerável ao universo e às vidas das pessoas. Realização do diretor Jason Reitman, conhecido por ótimos filmes como Juno e Amor sem Escalas.
Baseado no livro homônimo de Chad Kuttgen, com um tema atual e interessante, um alerta para pais e filhos. O on-line virou uma epidemia social e influencia a vida da maioria das pessoas, principalmente dos jovens. Troca-se o real pelo virtual e em muitos casos o exagero, a falta de limite interfere na vida das pessoas e até traz danos às relações em geral. O objetivo do filme é justamente mostrar esta era digital, o papel da internet neste século, a ligação e interferência do virtual na vida das pessoas, trocando o tete-a-tete pelo virtual.
São repassadas várias situações para a plateia, como um casal em crise (o ator Adam Sandler em papel sério, interessante e ele dá conta do recado); uma adolescente com anorexia e que quer perder a virgindade com o galã da escola; um adolescente viciado em sexo virtual; um filho deprimido (Ansel Elgort, para suspiro da galera jovem) cuja mãe abandonou o lar; uma mãe controladora (Jennifer Garner) que vigia todos os sites e e-mails de sua filha. Histórias que se cruzam pois os adolescentes estudam no mesmo colégio e vivem neste século regido pela internet.
Filme com tema super interessante e atual que nos leva a repensar o poder do mundo virtual nas relações humanas e a dificuldade de diálogo dos pais, que muitas vezes não sabem como agir neste emaranhado de rede digital. Mas peca pela lentidão, um roteiro sem emoção, uma pulsação em compasso lento e alguns descompassos; falta dinamismo e empolgação e pouco convence diante de assunto empolgante e tão atual.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

MOMMY



Este jovem e genial cineasta Xavier Dolan, conhecido por filmes com Eu Matei Minha Mãe, nos presenteia com este excelente drama Mommy (Canadá), como diretor, produtor e roteirista.
Filme ficcional, passado em 2015 quando é promulgada uma lei no Canadá, permitindo que pais com filhos problemáticos tivessem a possibilidade de interná-los em hospital público.
Conta a suposta história de Diane Després, vulgo Die (Anne Dorval), mãe do adolescente Steve (Antoine-Olivier Pilon), um rapaz com TDAH ( Distúrbio de déficit de atenção com Hiperatividade), um transtorno neurobiológico que aparece na infância e acompanha o indivíduo por toda vida, que mistura desatenção, inquietude motora e mental e impulsividade, podendo levar à violência em alguns casos. Envolvido em furtos e outros atos criminosos, Steve precisa de apoio terapêutico e Diane decide cuidar sozinha do seu filho,  apesar de suas dificuldades emocionais e financeiras. Termina contando com a ajuda da nova  vizinha Kyla(Suzanne Clément), que é professora.  Kyla envolve-se com mãe e filho, mas ela também tem questões emocionais a resolver. Enfim, três pessoas que precisam de ajuda terapêutica tentando se ajudar e se equilibrar.
Um drama profundo, impactante e excepcionalmente excessivo que sai do rotineiro; um conjunto de ações, cores e músicas com atuações excelentes deste trio de atores com personagens complexos, desestruturados em situações extremistas, modulando o tempo inteiro alegria versus dor.
Roteiro bem esquemático, fotografia absorvente, imagine a tela em formato 1:1 (instagram) que nos dá a  sensação de aprisionamento e fobia, claustrofóbico em resolver situações. De repente muda-se o formato, levando a plateia à sensação de liberdade, um abrir para a vida e seus problemas, momento mágico. Trilha sonora excepcional, atentem-se à cena da cozinha quando eles dançam ao som da música de Celina Dion.
Filme com cenas fortes e impactantes que vão direto ao âmago da plateia e nos leva a refletir sobre relações e a falta de limite e equilíbrio entre pessoas, como esta mãe Die que por amor decide assumir um filho problemático, mas sem ter a devida capacidade emocional desta sobrecarga em sua vida. O amor existe mas as dificuldades testam este sentimento o tempo todo.
Filme lindo e incomodativo, um verdadeiro soco no estômago, que ficará no nosso pensamento e nos levará à reflexão sobre nossas relações e limitações.
Premio do Júri do Festival de Cannes 2014; escolhido para representar o Canadá no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro 2015.



sábado, 13 de dezembro de 2014

BOYHOOD - DA INFÂNCIA À jUVENTUDE




Boyhood - da Infância à Juventude (EUA), direção do cineasta Richard Linklater (da trilogia Antes do Amanhecer), filme com proposta diferenciada, uma ideia inovadora para o cinema. Em 2002 o diretor iniciou as filmagens dos personagens desta história durante 12 anos, centrado na figura do menino  Mason, da sua infância até a sua juventude, um projeto ousado e arriscado com um final digno de obra de arte. Por sinal, Ellar Coltrane tem ótima atuação no papel do garoto Mason,  um investimento que deu certo.
Direção e roteiro perfeito, natural e dramático quando necessário, trilha sonora espetacular, músicas de uma década, de Paul McCartney a Lady Gaga; fotografia simples e natural, sem efeitos visuais; diálogos condizentes, mesclando drama com cenas divertidas.
Filho de pais divorciados, Mason (Ellar Coltrane) vive com sua mãe Olívia (Patricia Arquette) e sua irmã Samantha (Lorelei Linklater, filha do diretor). Mason tem que aprender a lidar com os namoros e casamentos de sua mãe e mudanças constantes de cidade, e também a ausência do pai Sr. Mason ( Ethan Hawle), uma pessoa inconstante mas que procura sempre que possível seus filhos e deseja acompanhar seu desenvolvimento.
É incrível observar o tempo passar e o efeito real da idade e maturidade dos integrantes do filme, em um cotidiano normal de qualquer ser humano. Em especial de Mason e sua irmã Samantha é de impressionar, devido às mudanças físicas e emocionais nesta fase da vida. Em determinado momento a gente imagina que tudo aquilo realmente aconteceu, pela naturalidade e simplicidade, eis a fórmula perfeita deste projeto experimental  inédito no cinema.
É o tempo que passa com seus problemas, alegrias, frustrações, erros e acertos, como na vida de qualquer pessoa. Delicado e sensível mas sem apelos, que nos leva a refletir sobre a vida cheia de altos e baixos. O filme é a própria representação da vida, com seu fluxo e energia própria, com toda sua beleza, dificuldades e esplendor.
No final é como uma simbiose entre o real e o imaginário sobre o movimento da vida corriqueira e o crescimento do menino Mason. Observar a passagem do tempo nos rostos e atitudes da família  Mason, nos lembra o nosso próprio tempo e o que dele fizemos.
Um experimento intenso, perene e extraordinário dentro da própria simplicidade e cumplicidade da vida como ela é,  pelas luzes da sétima arte, de forma natural e sem maquiagem.







quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

COMO MATAR MEU CHEFE 2



Direção de Sean Anders, a comédia Como Matar Meu Chefe 2 (EUA) com o mesmo trio de atores do primeiro filme com o mesmo título (2011), aproveita o gancho do anterior que teve um sucesso inesperado e que foi realmente ótimo, uma comédia com clichês e que leva o público às gargalhadas.
Desta vez os atrapalhados amigos Nick Hendricks (Jason Bateman), Dale Arbus (Charlie Day) e Kurt Buckman (Jason Sudeikis), após serem vítimas de chefes inescrupulosos  que os humilhavam, decidem montar um negócio e ser seus próprios chefes. Inventam um produto revolucionário, um chuveiro com sabão e massagem e o milionário Bert Hanson (Christoph Waltz) decide apostar neles, para depois os ludibriar e passar a perna nos pobres coitados. Estes então, decidem sequestrar seu filho mimado Rex Hanson (Chris Pine), e assim receber o valor do resgate.
Em meio a trapalhadas criminosas e confusões, piadas repetitivas, chulas e de baixo calão, algumas racistas, o filme perde a sutileza e torna-se insosso, um desperdício para este trio de artistas tão competentes. No elenco constam personagens que foram eficazes no primeiro filme, como Jennifer Aniston como a pervertida Dra. Julia Harris, Jamie Fox como o orientador das malandragens e Kevin Spacey que está na prisão mas continua dando ordens aos incompetentes trapalhões, mal aproveitados nesta nova versão.
Menos divertido que o anterior, com trama e roteiro meio perdido, a inclusão dos novos personagens na figura do investidor Bert Hanson e seu filho Rex Hanson caem muito bem e dão um ânimo nesta comédia.
As cenas finais com o improviso dos atores principais é interessante. Enfim, uma comédia para uma tarde sem muitos risos, que em alguns momentos diverte, mas é inevitável a comparação com o primeiro filme original e engraçado, mas neste falta justamente estes elementos. 
Para o público que adora comédia pastelão, deve gostar. Afinal, quem em algum momento de sua vida não teve vontade de fazer seu chefe desaparecer?...

domingo, 7 de dezembro de 2014

JOGOS VORAZES: A ESPERANÇA- PARTE 1



Mais um filme desta franquia tão conhecida do público, Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 (EUA), direção de Francis Lawrence,  é um blockbuster eficiente que alcança o público jovem.
Com uma heroína carismática que luta pelo ideal democrático, filme de ficção científica com um toque político, enfoca mais o lado psicológico e ideológico dos personagens e diminui as cenas de ação.
Após o massacre do governo do Presidente Snow (Donald Sutherland), o Distrito 13 escolhe como líder Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), tornando-a o tordo na luta contra este governo autoritário, para acabar com o domínio da capital sobre os distritos, um interessante assunto político. Katniss aceita a proposta, inclusive porque seu namorado Peeta (Josh Hutcherson) foi preso e está sendo usado para ludibriar os que conseguiram sobreviver, através de propaganda enganosa. Katniss será a líder da revolução desde que Peeta e seus companheiros sejam anistiados após o resgate.
A batalha é feita através da propaganda, utilizando e expondo o produto de forma tendenciosa, uma tentativa de manipular as pessoas e o Poder. Isto leva o público à reflexão, um diferencial das séries anteriores.
Filme tenso mas que diverte, com figurino, reconstrução de época  e trilha sonora de qualidade. A fotografia em tons escuros, a demonstrar melancolia e angústia dos personagens, uma fase sombria que eles estão vivenciando. Com duração de 2 horas e meia, poderia diminuir o tempo, em função da lentidão e pouca ação. O interesse é expor o lado psicológico dos personagens, como a heroína Katniss, uma jovem insegura e emotiva. E a competente atriz Jennifer Lawrence no papel da protagonista Katniss Everdeen,  entra na briga política como o tordo da revolução, trazendo emoção, beleza e carisma ao personagem.
Os atores Liam Hemsworth (Gale), Julianne Moore (presidente Alma Coin) e Philip Seymour Hoffman (Plutarch) com boas atuações,  mas pouco brilho. Este foi o último filme de Philip S. Hoffman.
Enfim, menos impacto e mais reflexão. E estas questões podem ser trazidas para os dias atuais, porque não?
¨Se nós queimarmos, você queimará conosco¨, lema da heroína Katniss Everdeen.




quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

DE VOLTA AO JOGO



De Volta ao Jogo (EUA), direção da dupla David Leitch e Chad Stahelski, um filme de ação e suspense com um diferencial, com ar nostálgico e emotivo, ao mesmo tempo descontraído e momentos até divertidos.
Roteiro enxuto e boa fotografia, trilha sonora condizente com o filme, apesar de clichês já conhecidos, cenas de ação e violência bem feitas sem chocar.
No papel principal o ator Keanu Reeves é o tipo anti-herói, não tem físico de lutador mas um visual bacana, e seu rosto frio e direto na câmera condiz com um desempenho à altura;  vai de forma sagaz e ágil  direto na briga, e sem rodeios  até os finalmentes, sem pena e dó de seus adversários.
Na história temos John Wich ( Keanu Reeves), um antigo e respeitado matador da máfia russa, um verdadeiro mito nesta área, que há cinco anos se aposentou desta profissão por amor. No momento sofre a dor da perda da esposa e tem como única lembrança uma cachorrinha que ela o presenteou,  símbolo de um saudoso amor. Quando Josef Tarosov (Alfie Allen), o filho do chefão da máfia  russa rouba seu carro e mata sua cachorrinha, vem à tona o instinto vingativo de John Wich, e na dor do luto, o antigo assassino parte disposto a tudo, para cima de toda a máfia 
Viggo Tarasov ( Michael Nyqvist), o chefão da máfia russa tenta interceder em favor do seu filho, mas John wich não está para diálogo, só destruição.
Filme de ação e violência com lado satírico, como na cena que o policial demonstra conivência com o assassino e os pagamentos são todos feitos com uma moeda específica do legendário John Wich. Apesar de muito sangue nas cenas de ação, é exatamente isto que o diretor deseja mostrar, sem chocar o público.
Como uma história romântica pode mudar o rumo de uma vida, e o que acontece quando alguém tira a última esperança desta pessoa, ressurgindo o lado frio e cruel do personagem, eis uma história interessante.
Com ação do início ao fim, este filme é uma grande surpresa para até quem não curte este estilo, e boa diversão!!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

DEBI & LÓIDE 2




 Depois de 20 anos, esta dupla implacável Debi & Lóide 2 ( EUA) retorna às telas, direção dos irmãos Bobby e Peter Farrelly. Uma comédia que cumpre o que promete, uma mera diversão e consegue captar a essência do primeiro filme.
Os atores Jim Carrey e Jeff Daniels como Lloyde Christmas vulgo Lóide e Harry Dunne vulgo Debi, continuam impagáveis e inconvenientes, e  apesar da idade têm o mesmo vigor cômico, nos remetendo há 20 anos atrás, quando conhecemos pela primeira vez esta dupla.  Incrível imaginar depois de tantos papeis dramáticos, que estes atores consigam a mesma química e fiquem tão à vontade no filme.
Cenas hilárias e grotescas que distraem e constrangem o público, piadas de baixo calão e politicamente incorretas, apelando para as caretas já conhecidas de Jim Carrey, diálogos bobos e simplório, somente com a intenção de levar o público às gargalhadas. Conseguem o intento, mas perde um pouco o ritmo na segunda parte da história, se é que existe roteiro, que é sem pé nem cabeça, mas este é exatamente o que interessa.
Depois de tantos anos, Debi descobre que tem uma filha de uma colega (Kathleen Turner) dos tempos da escola e dos amassos, como ele mesmo diz, e os dois amigos vão em busca desta filha (Rachel Melvin), pois Debi precisa realizar um transplante de rim, eis a sinopse desta comédia.
Será que vale tudo em prol de uma boa piada? Pelo menos para Debi e Loide sim. Então quem quiser entrar no cinema para rir de besteirol (e não espere piadas inteligentes) e sentir como se estivesse em um circo, esta é a essência  desta comédia. Top do Besteirol e tem público para isso!!