domingo, 25 de outubro de 2015

PONTE DOS ESPIÓES



Direção de Steven Spielberg, o filme Ponte dos Espiões (EUA) é um drama com suspense baseado em fatos reais.
Passado em 1957, fala de espionagem entre as potências EUA e URSS durante a Guerra Fria.
James Donovan (Tom Hanks), um advogado especializado em seguros  é convidado para defender Rudolf Abel (Mark Rylance), um espião soviético preso nos EUA. Apesar do direito de todo cidadão a uma defesa justa, o advogado Donovan passa a ser hostilizado pela população americana e a sofrer risco de vida, como também  sua família. Quando um espião americano é capturado pelo inimigo, Donovan é enviado a Berlim para negociar a troca de Abel pelo prisioneiro americano.
Com diálogos detalhados para o entendimento do público, assistimos um verdadeiro embate entre essas  duas potências. Com fotografia ímpar e ótimo roteiro dos irmãos Joel e Ethan Coen, assistimos  uma trama bem elaborada. A primeira parte do filme tem um ritmo lento, um pouco monótono, mas o suspense e ação chega ao clímax na segunda parte, quando Donovan torna-se parte fundamental na troca dos espiões. 
Os atores Tom Hanks e Mark Rylance como o advogado humanista e o espião soviético, dão um show de interpretação, constroem personagens marcantes nesta história real.
Filme fascinante com tema sério, fala de forma otimista de direitos humanos e ética  e descreve fatos importantes da política mundial.
Como diz o advogado James Donovan, de acordo com a constituição americana “ todo ser humano tem direito a uma boa defesa”. Mesmo que isto cause problemas até no próprio Governo e preconceito social.


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

ATÉ O FIM



O filme Até o Fim (EUA/2014) direção de J.C. Chandor, é um drama com certo suspense, que fala da vida e do indivíduo diante da possibilidade da morte.
É a história de um solitário e experiente navegador  de idade avançada, cujo veleiro sofre uma colisão em um container em pleno Oceano Pacífico. A partir dessa premissa, este homem terá que superar várias dificuldades e aflições, desde a destruição do seu veleiro até a ameaça de tubarões e correntes marítimas.
Um filme lento com um único personagem que nem sabemos o nome, em luta contra a morte, mas que jamais perde a esperança. Não tem fala nem flashbacks, só as reações do personagem protagonizado pelo ator Robert Redford. E mesmo sem fala, a gente entende o que o personagem está passando, como se fosse algo real.
A fotografia aliada ao sons dá uma verdadeira linguagem ao filme e é emocionante observarmos  este homem diante da sua  possível mortalidade. E o ator Robert Redford  tem um desempenho notável, uma presença carismática e cheia de magnetismo, rosto expressivo que traduz os sentimentos deste solitário navegador.
Drama que fala de vida e mortalidade, perseverança, paciência e coragem, o instinto de sobrevivência do homem diante das dificuldades. Confrontamos com a solidão diante da imensidão do oceano, algo real e metafórico ao mesmo tempo. E o final redentor é algo soberbo. Para alguns pode ser monótono, mas  um filme técnicamente bem feito e com delicado ensinamento para quem assiste.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

UM SENHOR ESTAGIÁRIO


Um Senhor Estagiário (EUA), direção de Nancy Meyers, é uma comédia gostosa e divertida de assistir.
Jules Ostin (Anne Hathaway) é uma  jovem chefe de uma empresa moderna  nascida na internet e que em poucos meses  fez um estrondoso sucesso e cresceu bastante. Quando a empresa decide contratar estagiários seniors, o viúvo  aposentado Ben Whittaker (Robert de Niro) é um dos escolhidos  e vai trabalhar justamente com Jules, que é uma chefe centralizadora.
A partir desta sinopse acontece várias situações  engraçadas entre  a chefe e o estagiário, e a maturidade e o bom senso de Ben irá ajudar Jules, com sua jovialidade e hiperatividade.
Fala de ética, hierarquia, feminismo, a posição da mulher moderna e independente no mercado de trabalho e suas dificuldades para conciliar trabalho e família. Mostra a necessidade do idoso de preencher sua vida e  sentir-se útil à sociedade.  Mas não se aprofunda nas questões, principalmente no relacionamento de Jules e seu marido, e nesta simplicidade exagerada, o filme perde um pouco do equilíbrio.
A dupla de atores Robert de Niro e Anne Hathaway estão  muito bem entrosados, ele consegue dar um toque paternalista na relação e se torna o ponto de equilíbrio entre os jovens da empresa. Interessante a cena quando Ben e Jules se hospedam no hotel e ficam confabulando no quarto, falando da vida e suas dificuldades.
Uma comédia simpática e cativante, que agrada de imediato o público, feita realmente para divertir.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

VIVER É FÁCIL COM OS OLHOS FECHADOS



Direção de David Trueba, o filme Viver é Fácil com os Olhos Fechados (Espanha) é uma comédia  dramática leve e nostálgica, ganhou seis prêmios Goya na Espanha e concorreu ao Oscar 2015 de Melhor Filme Estrangeiro.
Ambientado na década de 60, tendo como pano de fundo a ditadura de Franco, mostra a cultura e princípios cristãos da Espanha, a forma  de educação arcaica da época.
O simpático e simplório professor de inglês Antonio (Javier Câmara) é fanático pelos Beatles, em especial John Lennon.  Ao  saber que o próprio John Lennon estará gravando um filme na Província de Almería, Antonio decide ir atrás do seu sonho, tentar conhecer e conversar com seu ídolo. No trajeto conhece a jovem e doce Belén (Natalia de Molina), grávida de três meses e solteira, sem rumo nesta fase conturbada de sua vida, tentando descobrir o que realmente deseja. E o adolescente de 16 anos Juanjo (Francesc Colomer), que decidiu fugir de casa por não aceitar a educação autoritária de seu pai, também se junta a Antonio. E é justamente este trio, três personagens distintos e com questões pessoais tão diferentes, que neste road movie trocarão experiências e terão aprendizados para sua vida. 
O ator Javier Câmara retrata muito bem o professor  simplório e atrapalhado, mas os outros dois personagens deixam a desejar, falta certo carisma e expressão corporal.
Com esta mensagem positiva e imprimindo um ar nostálgico, um filme que fala de sonhos e a coragem de correr atrás do que realmente  acredita e deseja. Lento, fotografia ensolarada e música agradável, ainda mais quando ouvimos o som dos Beatles, toca os nossos corações com leveza e suavidade. Filme para uma tarde agradável  sem maiores pretensões.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

PERDIDO EM MARTE



Direção de Ridley Scott, conhecido por filmes de peso como Alien, o 8º Passageiro, Thelma e Louise, Gladiador dentre outros, o seu novo filme Perdido em Marte é daqueles blockbuster gênero ficção científica,  divertido e com uma visão utópica e  inteligente da ciência.
Estrelado por Matt Damon no papel do protagonista o astronauta Mark Watney, ele realmente é a sensação do filme, um humano charmoso  solitário no planeta vermelho.  Com muito talento e humor ele consegue captar  a interessante história  baseada no best-seller homônimo de Andy Weir.
Conta a história de uma tripulação da Nasa  com a missão de explorar o planeta Marte, comandada por Melissa Lewis (Jessica Chastain) Ao ocorrer uma tempestade, o grupo é obrigado a abortar a missão e o astronauta Mark Watney (Matt Damon), ferido na tempestade e considerado morto, é deixado  em Marte. O diretor da Nasa Teddy Sanders (Jeff Daniels) é obrigado a anunciar ao mundo a sua morte, gerando uma verdadeira comoção. Acontece que Mark não morreu  e a partir daí começa sua jornada de sobrevivência em um planeta inóspito.
Com clichês previsíveis, mas de forma bem humorada e até divertida,  o personagem é construído com um bom roteiro, fotografia com lindas imagens, apesar do 3D deixar a desejar. E a trilha sonora faz o diferencial, para que o filme não caia na monotonia.
Uma  aventura espacial  que fala de perseverança, determinação e de acreditar e persistir no que se deseja; de solidariedade entre as pessoas e as nações. E é claro, bem americanizada.


domingo, 4 de outubro de 2015

AFINADO NO AMOR


Sempre é bom relembrar uma boa comédia, Afinado No Amor  (1998/EUA), direção de Frank Coraci  é uma desses casos de amor, a gente assiste e não esquece.
Robert J. “Robie” (Adam Sandler) é um cantor de eventos, principalmente de casamentos. Ao ser abandonado pela noiva Linda (Angela Feathestone) no altar, Robie  entra em tristeza e depressão e deixa de acreditar no amor. Até que um dia êle conhece Julia ”Jules” Sullivan (Drew Barrymore) e o cupido flecha seu coração. Só que Jules é noiva e também está desiludida, pois foi traída pelo noivo. Enfim, dois desiludidos pelo amor tentando uma nova chance, será que dará certo?
Uma história  simples e singela, assim como acontece na vida real, colocada de forma tão agradável e sutil, que toca a nossa emoção.
A química entre os atores Adam Sandler e Drew Barrymore é imediata, flui de forma  leve e juvenil. Passado nos anos 80, interessante observar o visual, os hábitos e costumes daquela época, a moda, os cortes de cabelo. E a música é muito simples e legal, enfim, um filme que vale a pena rever, nos faz voltar para uma época onde a música romântica alcançava os corações das meninas.