Uma Juiza Sem Juizo (França), direção de Albert Dupontel, o tipo de
filme com o simples prazer de entreter e realmente alcança o seu objetivo.
Com roteiro e linguagem simples, personagens engraçados e
carismáticos, alguns até caricatos, certas cenas grotescas passando do limite,
mas compreensível para o público que o intuito não é para assustar, mas divertir.
A história se passa em torno de Ariane Felder
(Sandrine Kiberlain), juíza conhecida pela sua autoridade e rigidez nos seus
processos e julgamentos. Ariane tem 40 anos, é solteira, não deseja ter filhos nem manter
relação estável, prefere se dedicar unicamente ao seu trabalho. Um certo dia descobre
que está grávida, mas não tem idéia de como aconteceu ou sequer quem seja o
pai. Por iniciativa própria, inicia uma investigação e o teste de DNA indica
que o pai é um perigoso criminoso chamado Bob (Albert Dupontel), e a partir daí
a vida da juíza Felder vira de cabeça para baixo.
Esta comédia populesca consegue aliar humor negro
beirando o pastelão e ao mesmo tempo meio ingênuo, o que se torna interessante,
inclusive alguns personagens caricatos como o advogado gago , o perigoso Bob e
a própria juíza Felder.
Duas características legais no filme, a fotografia em tom amarelado e momentos em que várias cenas são
colocadas na tela ao mesmo tempo, um truque versátil.
A atriz Sandrine Kiberlain, conhecida por outros filmes como
O Pequeno Nicolau, consegue uma interpretação natural, sem precisar forçar a
barra, uma pessoa rígida no trabalho mas no íntimo delicada e sensível. E
o diretor Albert Dupontel está impagável como o protagonista Bob, o perigoso criminoso suspeito
de comer os olhos de suas vítimas.
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