O filme O Juiz (EUA) direção de David Dobkin, é um drama com
2h.e 20’
de duração, que o público nem percebe passar, diante do envolvimento com a
trama.
No papel principal o ator Robert Downey Jr. interpreta Hank
Palmer, um advogado rico e brilhante, arrogante, prepotente e egoísta, que
sempre defende pessoas culpadas. Sarcástico, faz piadinhas e menospreza as
pessoas à sua volta, inclusive outros colegas de profissão. Sua vida afetiva
está em declínio com a eminente separação da jovem esposa, e a única pessoa que
ele demonstra afetividade é sua única filha de 10 anos de idade.
Com a morte de sua mãe, Hank é obrigado a retornar a sua
cidade natal, enfrentar sua relação conflituosa e mal resolvida com seu pai, o
bem sucedido juiz Joseph Palmer (Robert
Duvall) com 42 anos de profissão, que não abre mão da ética e da moral.
Ocorre um assassinato na cidade e o principal acusado é o seu pai, e de repente Hank tem que lidar com a perda da mãe,
restabelecer os laços de família com seus dois irmãos, lidar com a suposta
indiferença e desprezo do seu pai, pois pretende defendê-lo e provar sua
inocência a qualquer preço.
O filme tem boa direção e roteiro, enredo envolvente que
apela para o lado emocional, diálogos coerentes e inteligentes, ótima fotografia
e trilha sonora agradável.
Os atores Robert Downey Jr. e Robert Duvall estão muito bem
nos seus devidos papeis e cabe ressaltar a atuação apesar de pequena, dos atores
Vera Farmiga como Samantha, a namorada de juventude de Hank, e Billy Bob
Thornton como o advogado de acusação.
Apesar dos clichês previsíveis, este melodrama nos deixa
uma mensagem sobre as marcas e legados na formação do ser humano, resolver
mágoas e ressentimentos valorizando o passado e preservando os momentos bons. E
os conceitos éticos e morais também são motivo de reavaliação.