A comédia dramática Minha Querida Dama (EUA/ França) tem a
direção e roteiro do dramaturgo Israel Horovitz, que consegue nesta adaptação
de peça teatral dar naturalidade aos diálogos, com ótimo elenco e ainda
incorporar cenários externos, permitindo maior fluidez da trama.
Mathias Gold (Kevin Kline) é um homem solitário e amargurado,
com traumas de infância, à beira da falência financeira. Ao receber de herança
do seu pai um imóvel super valioso em Paris, ele decide vender a propriedade.
Só que Mathias não sabia que o pai tinha comprado o apartamento através de uma
transação francesa chamada viager, na qual o comprador só recebe o imóvel após
a morte da pessoa que vendeu e ainda tem que pagar uma mensalidade a esta
pessoa. E na propriedade que agora pertence a Mathias, mora uma senhora de 92
anos chamada Mathilde Girard (Maggie Smith). Eles são obrigados a conviver
juntos e Mathias tenta fazer a transação de venda de qualquer jeito. Os dois
vão se conhecendo aos poucos, segredos vão sendo desvendados, com situações
engraçadas e outras dramáticas, tensas mesmo.
Mathias conhece Chloé (Kristin Scott Thomas), a filha de
Mathilde, e daí nasce uma atração mútua.
Um filme que fala de reencontro com fantasmas do passado,
com personagens sofridos, diálogos de ácido humor britânico, onde o elenco
é a mola propulsora da trama. Bacana assistir atores competentes e maduros como
Maggie Smith e Kevin Kline, dando um
verdadeiro show de interpretação.
Filme cativante, bom roteiro, boa fotografia, com cenários
da Cidade Luz com suas ruas paralelas ao Rio Sena, um verdadeiro passeio na
bela Paris. Vale a pena conferir.
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