Você corre o risco de chorar um pouco quando se deixa
cativar...Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos..
estas e outras mensagens filosóficas
fazem parte do filme O Pequeno Príncipe (França), direção de Mark Osborne. Uma animação adaptada do livro homônimo de
Antoine de Saint Exupéry, clássico da literatura infanto-juvenil, uma obra
atemporal com seu personagem lendário que invade a imaginação de crianças e
adultos.
O diretor consegue com um incrível roteiro adaptado captar a história do Pequeno Príncipe que morava
em um asteróide, o B612 e ao sair em viagem chega na Terra e conhece um piloto
com um avião encalhado nas areias do deserto.
No filme existe a história paralela de uma garota que tem uma mãe
controladora e a enche de atividades e horários rígidos. Ao mudar de bairro,
esta menina vai ser vizinha de um velho excêntrico que é justamente o piloto da história do livro. A partir deste velho esquisito, a garota vai conhecer a história do
Pequeno Príncipe. Interessante, duas histórias com reflexões que se adaptam
muito bem.
Filme para a família, cativante, melancólico, verdadeira
poesia imbuída de sutileza. Um deleite para as crianças que curtem a animação e
reflexão para os adultos, principalmente para quem leu o livro. Fala de amor,
cuidados, solidão, morte e a necessidade de não esquecer a criança que existe
dentro de todos nós. Como diz o Pequeno Príncipe, “o problema não é
crescer, é esquecer”.
Na era de hoje onde o progresso e a tecnologia influenciam
as pessoas a valorizar menos as emoções e reforçar o ter, o filme
resgata justamente a importância do ser, tão significativo para o ser humano e
que leva ao crescimento pessoal.
Uma verdadeira imersão nesse universo fantasioso e
encantador do Pequeno Príncipe, um resgate ao nosso doce personagem que leva a reflexões inesquecíveis.
Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante... Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas - Antoine de Saint Exupéry.