Com
direção de Kim Ki-duk, este filme coreano parte para o drama de um homem
solitário e de uma crueldade implacável, que trabalha como cobrador de agiotas.
E utiliza com prazer o seu poder perante pobres coitados trabalhadores de
maquinas pesadas, para, na falta do pagamento, provoca algum acidente pessoal
para ficar com
o
seguro da vitima,tornando a vida dessas pessoas um verdadeiro inferno e sendo
odiado por todos.
Um
dia surge em sua vida uma mulher que o acompanha o tempo todo afirmando ser sua
mãe. E a partir deste episodio, surgem as duvidas e indagações: será que um ser
humano que foi criado sozinho e se tornou de uma crueldade impar, será capaz de
sentir alguma emoção? Será capaz de um fato de infância mudar o foco de alguém
e sua índole? Será uma mãe capaz de trazer à tona emoções jamais sentidas por
alguém que nunca recebeu amor? Daí o
titulo Pietá, a escultura de Michelangelo em que Maria põe o corpo de Cristo
crucificado no colo.
Este
é um filme difícil de digerir, tem que estar disposto a ver e sentir impactos a
nível corporal e reflexivo, chegando a incomodar estar sentado no cinema. Tudo
feito de forma cruel e sádica, passado
em locais escuros e sub-humanos, que transcende o mal estar do telespectador,
chegando a se tornar desagradável de ver .
Este
filme nos mostra o que a falta de amor pode provocar em seres humanos com
índoles bestiais e o produto do mundo do dinheiro subversivo.
Assista
para tirar suas próprias conclusões. Mas vá preparado para o que vai ver e
sentir.
Este
filme ganhou o Festival de Cannes em 2012, não sendo bem aceito por alguns
críticos.
Cru, cruel, sofri nesse filme, com tudo: com a ausência de raízes, de afetos, com a dureza do abandono, da luta para sobreviver por nada, da violência, do nada ter a perder, desse nada vivido pelo protagonista... ufa, angustiante! E a possibilidade de construção, de esperança, no convívio com a mãe aparecida que, não menos machucada, acolhe, dá amor mas, faz-se do avesso, se retorce, paga com a vida para que no filho nasçam sentimentos, valores e saia do crime e dê sentido a sua vida.
ResponderExcluirUm drama tão profundo que faz "Ferrugem e osso", que classifiquei como cru, parecer uma doce história.
Lembra da frase de outro dia: "O limite é a morte, mas o limite real é dor de cada um"? É isso!