quinta-feira, 21 de novembro de 2013

UM CASTELO NA ITÁLIA




Esta comédia dramática (França), Um Castelo na Itália, tem a direção da cineasta e atriz Valeria BruniTredeschi, que inclusive interpreta a protagonista da trama.
O filme fala com delicadeza e sutileza romântica de um período de transformações na vida de Louise (Valeria Bruni Tredeschi), uma mulher de 44 anos, solteira, ex-atriz, que tem um grande desejo de ser mãe.
Louise conhece por um acaso um rapaz mais jovem, Nathan (Louis Garrel), e mesmo a contragosto, inicia um romance sem maiores vínculos , mas acaba se apaixonando e desejando ter um filho com ele. Mas Nathan tem outros interesses para sua vida e vai de encontro aos desejos de Louise, complicando o relacionamento dos dois, e deixando Louise mais confusa do que já se encontra.
Ao mesmo tempo, Louise precisa definir junto com sua mãe e seu irmão Ludovic (Filippo Timi), se vendem um castelo na Itália, fruto da herança de seu pai. Ludovic é contra a venda do castelo e de outras obras de arte, mas ao mesmo tempo ele se encontra muito enfermo, devido a uma doença terminal. Interessante a relação afetiva dessa família aristocrática, principalmente dos irmãos, que são unidos por laços de amizade e gostam de relembrar o passado.
Com uma fotografia precisa e dividindo a história em três capítulos, cada um passado em uma estação do ano, os temas do filme são colocados a conta-gotas, de forma delicada, e vamos conhecendo os personagens e suas situações de acordo com o que vai ocorrendo.
Mas realmente a direção não consegue criar uma empatia dos atores com a platéia, havendo um distanciamento dos personagens com as situações vivenciadas. Isso torna o filme, que contêm uma história tão atraente para agradar em geral, meio tedioso. Apesar de  romanticamente agradável e singelo, não consegue nos inspirar, uma grande pena, visto ter todos os artifícios para alcançar este fim.
Registro aqui a cena em que a família é obrigada a mandar cortar uma árvore enorme na frente do castelo, simbolizando as raízes da família, mas infelizmente não tira o real proveito de uma situação inusitada e de um simbolismo dramático.


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