quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

ÊXODO: DEUSES E REIS



Filme de grande projeção, Êxodo: Deuses e Reis (EUA), direção do versátil diretor Ridley Scott, é uma adaptação da história bíblica do Êxodo do livro do Antigo Testamento.
A história de Moisés (Christian Bale), criado na família do faraó Seti (John Turturro) apesar de ser hebreu; foi resgatado pela irmã do faraó Seti, na época que foi ordenado que todas as crianças hebreus deveriam ser afogadas. E assim Moisés foi criado junto à família do faraó e tratado como filho e irmão de Ramsés (Joel Edgerton), filho único do faraó. Anos depois quando este segredo foi desvendado, Moisés ao saber de sua origem, recebe ordem de Deus para ir ao Egito salvar todos os hebreus oprimidos, e ajudá-los a a atravessar o deserto. Através da fé, Moisés liberta e leva seu povo para Canaã.
Com 1 hora e meia de duração, este filme épico dá uma nova versão aos fatos bíblicos, de forma realista e com muita ação. Observamos no personagem Moisés falta de crença em Deus, inclusive indo contra os seus desejos. Deus aparece na forma de uma criança arrogante e com atitudes ameaçadoras e fortes, demonstrando descontentamento com as injustiças e opressão dos reis que se consideravam deuses.
Com boa fotografia e efeitos especiais, inclusive o 3D sem exageros, cenas de batalhas bem feitas, figurino exuberante, cenários grandiosos e ótima recriação de época. Enfim, técnica excelente mas faltou certa emoção, alma nos personagens.
Bons atores fazem parte do elenco, como Cristian Bale, John Turturro, Joel Edgerton, Ben Kingsley, Sigourney Weaver, Aaron Paul, com bons desempenhos, alguns meio caricatos.
Filme que fala de justiça e misericórdia, um assunto bíblico sombrio, contado de forma contemporânea e com enfoque menos religioso, até o  famoso milagre da travessia do Mar Vermelho foi reformulado. Para quem leva o Cristianismo ao pé da letra, vai ficar insatisfeito com a versão do diretor Ridley Scott. Mas para quem curte cinema em geral, é interessante observar uma versão contemporânea deste fato tão conhecido da Bíblia.
E fica a reflexão, será que vale a pena punir tantos inocentes para se atingir um objetivo? E isso atinge ambos os lados, dos Deuses e Reis.

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