O filme Chuvas de Verão (Brasil/1978), direção do cineasta
Carlos Diegues, é um drama ambientado no subúrbio carioca e mostra os
acontecimentos nesta comunidade durante cinco dias.
Anos 70, o viúvo Afonso (Jofre Soares) se aposenta e as comemorações começam com os colegas de
trabalho e continuam na comunidade em que mora, os vizinhos fazem uma festa com
direito a faixa escrito “Viva o Ócio”. Feliz e realizado com a nova situação, a aposentadoria como um ciclo de vida que termina e início de outro estilo de viver como uma nova
existência, assim se sente Afonso, a começar pelo pijama que passa a usar.
Em cinco dias Afonso conhecerá e vivenciará fatos que
durante uma vida inteira lhe foi negado, como proteger em sua casa um foragido
da polícia codinome Lacraia, namorado de sua empregada Lurdinha (Cristina
Aché); conviver com seus vizinhos como o bisbilhoteiro Juraci (Paulo Cezar
Pereio); os problemas familiares de sua filha (Marieta Severo) e seu genro Dr.
Geraldinho (Daniel Filho) e se apaixonar pela sua vizinha D. Isaura (Miriam
Pires).
Filme revolucionário para a época inclusive pela cena de
nudez e amor entre os personagens de Jofre Soares e Miriam Pires, e temas tabus desta época como nudez no cinema, o amor e sexo na terceira idade. Por sinal, a
cena mais bonita do filme, puro lirismo, realização e felicidade.
A trilha sonora tem músicas dos anos 70 de Herivelto Martins, Paulinho
da Viola, Roberto e Erasmo Carlos.
Este drama fala de solidão na velhice, amizade e companheirismo.
Leva à reflexão sobre o uso do tempo após uma vida inteira dedicada ao trabalho.
E a questão: existe idade para o amor? Recomeçar sempre é possível e o amor tem
o poder de rejuvenescer as pessoas.
Ganhador do Troféu Candango de Melhor Montagem, Melhor Atriz Coadjuvante (Miriam Pires), Melhor Ator Coadjuvante (Paulo César Pereio) e Melhor Cenografia no Festival de Brasília 1978.
“A vida não é como as águas do rio que passam sem descanso, nem como o sol que vai e volta sempre. A vida é uma chuva de verão súbita e passageira que se evapora ao cair”.
Ganhador do Troféu Candango de Melhor Montagem, Melhor Atriz Coadjuvante (Miriam Pires), Melhor Ator Coadjuvante (Paulo César Pereio) e Melhor Cenografia no Festival de Brasília 1978.
“A vida não é como as águas do rio que passam sem descanso, nem como o sol que vai e volta sempre. A vida é uma chuva de verão súbita e passageira que se evapora ao cair”.
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