Copacabana (Brasil/ 2001), direção e roteiro de Carla Camurati, uma comédia dramática emocionante e poética, lúdica com humor refinado.
Prestes a completar 90 anos, o fotógrafo Alberto (Marco
Nanini) entra em crise existencial e filosofa sobre a vida e a velhice.
Enquanto seus amigos de longas décadas preparam uma festa surpresa, Alberto
relembra fatos marcantes de uma vida inteira passada no bairro de Copacabana, seus
amigos, amores e paixões, os grandes bailes no Copacabana Palace. Uma verdadeira
viagem no túnel do tempo tendo como cenário os anos dourados deste bairro
cantado em prosa e verso por grandes escritores e compositores.
Com uma fotografia ímpar, um colorido alegre que ganha um ar
nostálgico em preto e branco no retorno ao passado, trilha sonora bem
interessante, um rap gostoso misturado a músicas antigas, no contexto de um
roteiro coerente ao tema.
O elenco formado por atores idosos, como Laura Cardoso, Miriam Pires, Rogéria, Joana Fomm, Walderez de Barros, Tonico Pereira, Renata
Fronze, Ida Gomes, Ilka Soares e outros. Marco Nanini no papel do idoso
Alberto, maquiagem muito bem feita, sua voz marcante narrando suas lembranças de outrora, uma
interpretação inesquecível.
O filme ganhou vários prêmios, como de Melhor Cenografia e
Melhor Ator (Marco Nanini) no Festival de Cinema Brasileiro de Miami 2002 e
Melhor Atriz Coadjuvante (Laura Cardoso) no Grande Premio BR do Cinema
Brasileiro 2002.
Uma reflexão sobre o envelhecer com dignidade, a alegria de
ter vivido momentos que ficarão gravados na memória para sempre, lembranças
compartilhadas com os amigos, a maior riqueza de uma vida. Fala de amizade,
amores e desamores, desejos e medo da morte.
Um verdadeiro painel da vida de Copacabana e do País e um
mergulho na história de vida de uma pessoa que vive a velhice sem pudor, com
prazer e intensidade onde experiências passadas são seu maior patrimônio atual.
“A sombra negra da saudade é de um passado cor de rosa”.
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