Direção do cineasta baiano José Araripe Jr., o filme Esses Moços (Brasil/
2004) é um drama melancólico com uma carga de humanidade, aborda temas sociais como infância abandonada, pobreza, a velhice senil e suas dificuldades, a violência social e marginalidade.
Uma verdadeira viagem cinematográfica por uma Salvador que
não aparece nos cartões postais, com uma fotografia ímpar, um passeio pela
Cidade Baixa, subúrbio ferroviário, a Baia de Todos os Santos, expondo também o
abandono desta parte da cidade.
As irmãs Darlene (Chaiendi Santos) e Daiane (Flaviana da
Silva) vivem e perambulam pelas ruas de Salvador, sujeitas aos perigos da
marginalidade urbana. Darlene, a mais velha e cheia de amargor, tem um espírito de
proteção pela sua irmã mais nova Darlene, e vivem a pedir esmola e fazer suas
malandragens pelas ruas de Salvador.
Um dia elas encontram Diomedes (Inaldo Santana), um velho
desmemoriado que se faz de cego, e prefere viver pelas ruas do que morar no
asilo.
Eles criam um elo de amizade familiar, a pequena e doce Daiane se apega tanto a Diomedes que o chama de avô. O velho caduco Diomedes conduz as crianças para o seu mundo com afeto e solidariedade, e elas tentam preservá-lo dos perigos da rua. Dois mundos extremos e parecidos ao mesmo tempo, inocência e senilidade, sonhos e surrealidade que se cruzam. Perceptível quando a criança exclama que a casa que Diomedes mora é enorme e linda, na realidade é o Asilo de Mendicidade da Bahia. E quando o velho rejeita o retorno ao asilo e grita: Eu sou um homem livre!
Eles criam um elo de amizade familiar, a pequena e doce Daiane se apega tanto a Diomedes que o chama de avô. O velho caduco Diomedes conduz as crianças para o seu mundo com afeto e solidariedade, e elas tentam preservá-lo dos perigos da rua. Dois mundos extremos e parecidos ao mesmo tempo, inocência e senilidade, sonhos e surrealidade que se cruzam. Perceptível quando a criança exclama que a casa que Diomedes mora é enorme e linda, na realidade é o Asilo de Mendicidade da Bahia. E quando o velho rejeita o retorno ao asilo e grita: Eu sou um homem livre!
Um drama que nos leva a refletir sobre a violência e
injustiça social, a importância da família na formação do ser humano, a velhice
com suas debilidades e oportunidades e escolhas de vida.
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