1ª. Programação.
Curtas:
Curtas:
Ovos de Dinossauro na Sala de Estar – de Rafael Urban
Mr. Abrakadabra – de José Araripe Jr. e Moisés Augusto
O Dia de Jerusa – de Viviane Ferreira
A Última da Família – de Cláudia Gama.
A Última da Família – de Cláudia Gama.
Ovos de Dinossauro na Sala de Estar (2011)
Direção de Rafael Urban, Ovos de Dinossauro na Sala de Estar
é um documentário de 12’
com depoimento da alemã Ragnhild Borgomanero, de 77 anos, viúva do cônsul da
Itália Guido Borgomanero.
Ragnhild conta a sua vida com o cônsul da Itália, como se
conheceram e se apaixonaram, as viagens que fizeram, o amor extremado deste
casal. Para manter viva a memória do seu esposo, Ragnhild aprendeu a arte
digital e passou a fotografar as peças antigas que acumularam durante as
viagens, o fascínio do cônsul Guido. Eles possuem as maior coleção de peças de
fósseis da América Latina, sendo a última peça os ovos de dinossauro que ela
conserva na sala de estar.
“Não estou morto, troco só de ambientes. Vivo com vocês e
caminho nos vossos sonhos”, dizia Guido
Borgomanero, parafraseando o grande artista Michelangelo.
Este filme ganhou vários prêmios, inclusive de Melhor
Direção e Melhor Curta na Semana dos Realizadores em 2011.
Mr. Abradkadabra
(1996)
Mr. Abrakadabra, curta de 13’ com direção de José Araripe
Jr. e Moisés Augusto, conta a história de Mr. Abrakadabra (Jofre Soares), um
velho mágico decadente, desiludido com a sua vida pois não tem mais a
habilidade de outrora para realizar seus truques, e por isto tenta a todo custo
se suicidar sem êxito. Suas mágicas e truques que antes fizeram tanto sucesso,
já não funcionam, suas velhas mãos já não tem a agilidade da juventude.
Mas a vida é cheia de artimanhas, e eis que o destino
prepara uma reviravolta na vida do velho Mr. Abrakadabra.
Filme de 13’
gostoso de assistir, lembra os filmes mudos de Charles Chaplin em preto e
branco, roteiro simples e ágil e uma trilha sonora que nos remete a um passado
longínquo.
“Afinal, a vida é feita de belos truques”, assim como no
final o colorido aparece, a nos mostrar que tudo na vida depende da ótica
do espectador.
Ganhador do premio de Melhor Filme, Melhor Fotografia e
Melhor Ator no Festival de Brasília 1996.
O DIA DE JERUSA (2014)
O DIA DE JERUSA (2014)
Direção e roteiro de Viviane Ferreira, este curta com 20’de duração integrou a programação da 7ª. Edição do Festival de Cannes 2014.
Com um elenco negro, conta a história de Jerusa Anunciação (Léa Garcia), uma senhora de 77 anos, moradora em um sobrado no bairro de Bexiga, São Paulo.
Abordada pela jovem Silvia (Débora Marçal) sobre uma pesquisa de sabão em pó, durante a entrevista Jerusa desfia suas lembranças de vida, sua ancestralidade.
Filme com abordagem intimista, fala da solidão na velhice e de como as memórias e perdas do passado refletem nas ações atuais das pessoas.
A Última da Família (Quebec/ Canadá-2012)
Direção de Cláudia Gama, o curta A Última da Família (Die
Letzte der Familie) com 17’de duração é um documentário sobre o cotidiano da
Sra. Edelgard Schiefner, de 91 anos, última remanescente de sua família.
Confinada há 3 anos em uma cama, dependente de cuidados
paliativos e de cuidadores que vão à sua casa, com a finalidade de
executar os cuidados básicos de higiene e sua alimentação.
Com depoimentos marcantes a Sra. Schiefner é um exemplo de
determinação, paciência e coragem, de como
enfrentar a velhice e suas limitações, onde a vaidade faz parte do seu ego. O que ajuda a minimizar a solidão desta senhora é uma moca voluntária, uma imigrante que também não tem família nesta cidade, e ao se envolver neste trabalho com Frau Schiefner, formou um elo de amizade, apoio e fortalecimento mútuo.
Interessante conhecer uma realidade bem diferente da nossa,
onde as pessoas com limitação e sem ter família para cuidar tem o apoio do Estado através da Assistência
Social que faz o seu devido papel, preocupada em manter a qualidade de vida e a dignidade
do ser humano.
Um convite à reflexão sobre a vida e a esperança, a vontade
e aceitação do que a vida oferece, esta idosa apesar de sua limitação, nos transmite
paz interior e tolerância. Afinal, a velhice, assim como todas as fases da
vida, é única e cabe a cada um vivenciar com aceitação e benevolência.
Documentário de sensibilidade ímpar, tocante, pura emoção à
flor da pele.
Curta exibido na Abertura no DOK, Fórum de Munique 2012.
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