domingo, 29 de março de 2015

TERCEIRA PESSOA



Direção, roteiro e produção de Paul Haggis, o filme Terceira Pessoa (Reino Unido/EUA/Alemanha/Belgica)  é uma mistura de drama com mistério e romance, ambientado em Paris e Roma.
São três histórias de amor, três contos separados que em determinado momento se entrecruzam, com um tema maior, o amor envolvendo tragédia e criança.
Michael (Liam Neeson) é um escritor veterano recém separado de sua esposa Elaine (Kim Basinger), que marca um encontro com sua jovem e complicada amante Anna (Olivier Wilde) em um hotel em Paris.
Em Roma, o empresário Scott (Adrien Brody) casualmente conhece e se encanta pela misteriosa cigana Monica (Moran Atias) e resolve ajudá-la a recuperar sua filha raptada.
A perturbada jovem Julia (Mila Kunis) tenta recuperar a guarda de seu filho com um artista famoso (James Franco), contando para isso com a ajuda de sua competente  advogada Thereza (Maria Bello).
Contando no elenco uma gama de atores competentes com boa performance, entretanto é difícil segurar a trama quando o roteiro é fraco e os personagens são tão desagradáveis, com diálogos agressivos e repetitivos, alongando o filme e tornando-o monótono.
Filme confuso, intrigante e perturbador, de difícil entrega à platéia pela superficialidade como as questões são colocadas. No final uma reviravolta emocional, onde os mistérios são desvendados mas o espectador já cansou e não se convenceu.
Exercício cansativo para quem foi ao cinema e conhece o perfil do diretor Paul Haggis, por filmes como Crash – No Limite.  Linear e superficial demais!!!

quarta-feira, 25 de março de 2015

A HISTÓRIA DA ETERNIDADE


Primeiro longa com direção de Camilo Cavalcante, o filme A História da Eternidade (Brasil) é um drama ambientado em vilarejo árido do sertão pernambucano. Três mulheres, três gerações com seus anseios e desejos reprimidos pela dor e preconceito.
A jovem Alfonsina (Débora Ingrid) de 15 anos sonha conhecer o mar, a única mulher em uma família de homens, e é tratada de forma machista pelo pai. Só quem a compreende é seu tio Joãozinho (Irandhir Santos), um ator mambembe que ajuda a sobrinha a construir seus sonhos e devaneios. Querência (Marcelia Cartaxo), 40 anos, uma mulher solitária que reluta o amor de um sanfoneiro cego. E a idosa Das Dores (Zezita Matos), cujo neto vem de São Paulo fugido e encontra na casa da avó o abrigo e o colo necessário.
O ator Irandhir Santos tem uma atuação marcante no papel do tio de Alfonsina, um artista perdido no meio do sertão bravio e a dificuldade de ser compreendido pelos moradores do vilarejo.
Uma obra baseada no amargor do sertão, onde a poeira, a miséria e a aridez dá vazão às emoções dos personagens femininos. Um bom trabalho do diretor, que em 2003 fez um curta com o mesmo título. Boa direção de arte  e o que mais impressiona é a excelência da fotografia  nos detalhes e meandros. E as músicas  de Dominguinhos parece um choro através da sanfona do apaixonado cego, perdido no amor por Querência
Uma ressalva para a lentidão de algumas cenas, que transmite certa monotonia, mas nada que interfira no resultado. Um drama com pura poesia e emoção no meio da natureza áspera do sertão nordestino.

domingo, 22 de março de 2015

WHIPLASH - EM BUSCA DA PERFEIÇÃO


O filme Whiplash – Em Busca da Perfeição (EUA), direção de Damien Chazelle  é desses filmes intenso e com uma qualidade musical, que a gente sai do cinema com a música ecoando no espaço.
Vencedor do Festival de Sundance 2014, um drama com tensão psicológica intensa e vibrante permeado com momentos delicados, ótima direção e fotografia, e o mais excepcional é a música, que conquista o publico de cara. E os minutos finais atinge um clímax de grand finale, digno de palmas.
Andrew (Miles Teller) é um jovem tímido de 19 anos que entra para o Conservatório de Shaffer, considerado o melhor do País, com  um sonho de se tornar um grande baterista, se espelhando no seu ídolo Buddy Rich.  Para alcançar seu objetivo ele treina arduamente e é convidado pelo professor e mestre de jazz  Terence Fletcher (J.K. Simmons) para fazer parte da orquestra principal do Conservatório.
A partir daí, Andrew terá de se submeter ao método abusivo e impiedoso do arrogante professor, que humilha os seus alunos até levá-los a uma exaustão psicológica sem limites. Para se tornar o baterista principal da banda,  Andrew se torna obsessivo, colocando em risco sua saúde e sua relação com seu pai (Paul Reiser) e sua namorada Nicole (Melissa Benoit).
O ator J.K. Simmons está impecável no papel do impetuoso mestre Fletcher, ganhador do Oscar 2015 de Melhor Ator Coadjuvante. Um verdadeiro furacão de agressividade, uma atuação estupenda do personagem. E o jovem ator  Miles Teller consegue segurar  esta relação obsessiva do aprendiz e seu mestre, um verdadeiro duelo pela qualidade musical.
Será que para alcançar certos padrões de perfeccionismo vale a pena métodos truculentos, fica esta questão para a plateia. Será válido afetar a saúde física e mental de um jovem em busca da perfeição e do sucesso?
Filme excepcional com momentos de tensão e agonia que atinge em cheio a plateia, e com  uma trilha sonora especial, verdadeira Jam session, vale a pena conferir.

quarta-feira, 18 de março de 2015

GOLPE DUPLO





 O filme Golpe Duplo (Focus, no Original / EUA) tem a direção da dupla Glenn Ficarra e John Requa, responsável pelo divertido filme Amor a Toda Prova.
Uma mistura de comédia romântica com ação e suspense, é o tipo de diversão da tarde com plateia certa, entretenimento sem maiores pretensões.
Nick (Will Smith) é um trapaceiro veterano que encontra a novata Jess (Margot Robbie), e terminam formando uma dupla com o intuito de trapacear e ganhar dinheiro. Entre tapas e beijos estes dois vigaristas se apaixonam. Três anos depois eles se cruzam em nova trapaça com um argentino dono de uma empresa de carros de corrida, tendo o ator Rodrigo Santoro neste papel coadjuvante.
Em clima de romance e tensão, a dupla Nick e Jess rouba, trapaceia e ganha dólares e se mete em várias situações de enrascada.
Com boa trilha sonora e fotografia interessante, passado em  Buenos Aires, Las Vegas e Nova York, mas um roteiro e trama fraca, e o ritmo intenso do início cai na metade do filme. As trapaças não convencem,  mas divertem assim como o romance.  
Os atores Will Smith e Margot Robbie possuem uma boa química e é interessante assistir o flerte entre os dois personagens. Entre golpes, trapaças e mentiras, esta dupla se enrosca cada vez que se encontra.
Um misto de filme de ação com humor, romance e suspense, que distrai sem maiores pretensões, nada mais que isto. 


domingo, 15 de março de 2015

O AMOR É ESTRANHO



Direção de Ira Sachs  e roteiro do brasileiro Mauricio Zacharias, o filme O Amor é Estranho (EUA/França) é uma agradável surpresa com um drama leve e emocionante sobre um casal de homossexual da terceira idade, sem estereótipos ou caricatura, mostra de forma natural como se fosse um casal hétero, com os mesmos problemas, as mesmas emoções e desgastes da rotina da vida conjugal. Enfim, uma obra singela e original, que emociona por colocar pessoas de idade fora do padrão de beleza, pessoas comuns que nos levam a uma identificação imediata.
Após um convívio de 40 anos, o casal homossexual George (Alfred Molina) e Ben (John Lithgow) decidem oficializar a união. Apesar de terem o conhecimento e aprovação de todas as pessoas do seu convívio e trabalho, George perde o emprego por trabalhar em um colégio católico como maestro de um coral. A partir daí eles passam a enfrentar problemas financeiros, têm que vender o apartamento e são obrigados a morar temporariamente em casas separadas de familiares e amigos, até resolverem a questão. Isso leva a um desgaste emocional do casal e das pessoas envolvidas, inclusive pela idade avançada dos parceiros.
O drama fala de amor, gratidão, respeito, solidariedade e dificuldades de um casal, como contorná-las sem afetar a relação conjugal e manter a cumplicidade. O interesse maior do filme, além de mostrar a relação homossexual entre pessoas de idade avançada, é mostrar o preconceito e as dificuldades de convivência com outras pessoas, mesmo gostando deles. Fica bem eminente também a hipocrisia da Igreja e da sociedade. O final é muito bonito e tocante e nos leva a uma bela reflexão da vida, de forma real e amadurecida.
Os atores Alfred Molina e John Lithgow como o casal George e Ben estão formidáveis, agem de forma tão natural que logo nos identificamos  como um casal comum, nos desvincula da questão sexual. O olhar afetuoso que eles trocam no meio das atribulações é algo comovedor para a plateia. A atriz Marisa Tomei faz uma boa participação como Kate, a mulher do sobrinho que dá abrigo a Ben.
Drama que fala do amor no sentido mais amplo e a melancolia de um casal no outono da vida, onde a sexualidade não é imposta e usada de forma apelativa.  E quem disse que o amor é estranho? É real e resiliente, quando é verdadeiro.


quarta-feira, 11 de março de 2015

PARA SEMPRE ALICE




O filme Para Sempre Alice (EUA/França), direção de Richard Glatzer e Wash Westmoreland, é uma adaptação do romance homônimo de Lisa Genova, um drama que fala de forma franca e atual de uma doença que acomete as pessoas da terceira idade, o Mal de Alzheimer.
A Dra. Alice Howard (Julianne Moore) é uma conceituada professora de linguística da Universidade de Harvard, com livros publicados e acostumada a conferir palestras pelo mundo, inclusive com teses nesta área. Uma pessoa segura, culta e que consegue conciliar seu universo acadêmico com sua família.
Ao completar 50 anos Alice se defronta com o Mal de Alzheimer precoce e acostumada a manter controle total sobre sua vida, inicia uma grande luta para manter seu raciocínio e suas conquistas pessoais. Seu marido Dr. John Howard (Alec Baldwin) terá que lidar com esta nova situação conjugal, e em reunião de família tudo é exposto aos seus filhos, Anna (Kate Borworth), casada e mais velha que tenta no momento a gravidez; o estudante de Medicina Tom (Hunter Parrish) e a mais nova Lydia (Kristen Stewart), com quem Alice tem problemas de relacionamento, pois não aceita que a filha siga um caminho diferente dos outros.
Um drama tocante, sensível mas sem apelos emocionais, mostra a fragilidade de uma pessoa com o Mal de Alzheimer e o quanto esta doença modifica a dinâmica da família. O Mal de Alzheimer é uma doença neuro degenerativa que provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo a capacidade de trabalho e relação social, interferindo no comportamento e personalidade da pessoa, que se torna dependente da ajuda de terceiros. Os lapsos de memória a tornam civilmente incapaz.
Com um tema tão forte, este filme é de uma sensibilidade incrível e a atriz Julianne Moore, vencedora do Oscar 2015 de Melhor Atriz, foi muito corajosa em interpretar este papel. Ela é a figura central do filme e a todo instante demonstra o merecimento deste prêmio.
Alice tem percepção do quanto as palavras são fundamentais na sua vida, a sua auto imagem está sendo apagada pela doença , como ela mesma diz ‘vejo as palavras na minha frente e não consigo usá-las. Não sei quem sou e o que vou esquecer’. Alice decide então viver o momento presente e usa como método pessoal,  anotações para um futuro incerto.
Um filme que valoriza a vida, a força do amor e da família, a fragilidade das pessoas e como lidar com as dificuldades diante de uma doença tão atroz.





domingo, 8 de março de 2015

SELMA - UMA LUTA PELA IGUALDADE





Com produção de Brad Pitt e Oprah Winfrey, direção da cineasta Ava DuVernay,  Selma – Uma Luta pela Igualdade (Reino Unido/EUA) é um filme político que fala de direitos humanos e do preconceito racial. Com diálogos e oratória eloquente, utilizando fórmulas antigas, eis um filme inovador pelo próprio tema, que  nos inspira e leva a acreditar que é possível reduzir injustiças. 
1965, a passagem das marchas das manifestações pacifistas entre a cidade de Selma, interior do estado do Alabama até Montgomery, sua capital. Tendo como líder o pastor Martin Luther King (David Oyelowo), pelo direito eleitoral de votos da comunidade negra. Um militante que usava a razão acima da emoção, cujos discursos tinham a força de regionar pessoas, um orador nato que lutava pela igualdade racial.
Um filme brilhante e envolvente, mostra a luta racial, o ódio e o preconceito revoltante nos EUA, que na realidade ainda existe até hoje em vários países do mundo, inclusive no Brasil. Filme corajoso por colocar o dedo nesta ferida que ainda gangrena.
Direção e roteiro excelente, fotografia ímpar, um tema visceral e franco colocado de maneira inteligente que prende o espectador. Enfoca a perseverança e ações pacifistas de Martin Luther King de forma humana, até à exaustão, os conflitos políticos entre o Presidente Lyndon Johnson (Tom Wilkinson), governadores e militância negra, e como esse processo resvalou sobre a sua vida familiar e conjugal (Carmen Ejogo no papel da esposa Coretta Scott King).
Interessante observar os registros do FBI que a todo instante são colocados na tela, em constante vigilância aos passos deste grande pacifista, que tinha enorme influência sobre o meio político, inclusive o Presidente Johnson, na época. Um ressalva aos letreiros finais sobre o futuro das peças chaves do filme, dificuldade de leitura de algo importante e perspicaz.
Os atores David Oyelowo e Tom Wilkinson nos respectivos papeis de Martin Luther King e o Presidente Lyndon Johnson super afinados, o primeiro em foco de forma carismática e contida, em um papel complexo.
Ganhador do Premio Nobel da Paz em 1964 pelo combate à desigualdade racial através da não violência, o pastor e líder Martin Luther King foi assassinado em 04 de abril 1968 por um homem branco antes de mais uma marcha pacífica na Cidade de Memphis. Seu lema era  “Demonstrar, Protestar, Resistir”.
Ganhador do Oscar 2015 de Melhor Canção Original pela música Glory, merecia mais indicações ao Oscar.
Nossa vida não é completamente vivida se não tivermos o desejo de morrer por aqueles que amamos e por aquilo que acreditamos. (Martin Luther King).






quarta-feira, 4 de março de 2015

A TEORIA DE TUDO



Direção de James Marsh, o filme A Teoria de Tudo (Reino Unido) é a cinebiografia do grande físico britânico Stephen Hawking, baseado no livro da sua primeira esposa  Jane Wide.
Um drama comovente com força poética, que fala de vida, superação, renúncia, ética moral, compaixão, coragem, gratidão, doação através da força do amor.
Conta detalhes da conhecida vida do gênio da física Stephen Hawking ( Eddie Redmayne), que aos 21 anos, estudante da Universidade de Oxford, descobriu que estava com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), uma doença degenerativa e incurável que atinge o Neurônio Motor, e aos poucos vai perdendo a força muscular do corpo e órgãos, menos o cérebro. Com uma expectativa de vida de 2 anos, Stephen Hawking teve a capacidade de se auto superar e usar a sua genialidade em prol da humanidade, estudando a teoria da origem do Universo e os buracos negros dos cosmos.
Um exemplo de vida, de resiliência e esperança, e acima de tudo uma linda e triste história de amor, contando com o apoio e ajuda fundamental de Jane Wide (Felicity Jones), uma jovem estudante de Cambridge que renunciou à sua vida profissional por amor, casando e se dedicando a cuidar de Stephen e seus três filhos. Uma mulher de aparência frágil mas de uma fortaleza inabalável, um baluarte para a superação de Stephen. É incrível assistir neste drama a ascensão de um gênio enquanto degradação física pela doença, e que o amor é capaz de superar todas as adversidades, mesmo quando se torna um fardo pesado.
Com ótima fotografia e trilha sonora tocante, um melodrama com roteiro bem escrito sem ser inovador, uma trama clássica e tristemente bonita.O foco do filme não é a física, mas a história de amor entre Stephen e Jane, cheia de sutileza e dedicação.
É inegável o desempenho dos protagonistas, não à toa o ator Eddie Redmayne ganhou o Oscar 2015 de Melhor Ator. É impressionante a transformação deste ator, inclusive ao ficar  mudo uma boa parte do filme. É algo magnífico o seu olhar e nuance cheio de espirituosidade, super parecido com o verdadeiro Hawking.  E a sintonia entre Eddie Redmayne e Felicity Jones é fantástica.
Saímos da sessão a refletir sobre a pequenez de nossos problemas, que muitas vezes por motivos banais nos abalam e deprimem. E este drama nos leva a olhar a vida além do Universo, e que o ser humano é capaz de se auto superar, com sua força mental e crença em Deus, apesar do físico Stephen Hawking ser ateu convicto.

domingo, 1 de março de 2015

50 TONS DE CINZA





O tão esperado filme 50 Tons de Cinza (EUA), da diretora SamTaylor-Johnson, chega ao Brasil e já bate recorde de bilheteria.
Baseado no Best-seller  da escritora E. L. James, já existe a trilogia com vendagem de mais de 100 milhões de exemplares.
Anastásia Steele (Dakota Johnson), estudante de literatura, é uma jovem virgem recatada. Ao fazer uma entrevista com o charmoso magnata milionário Christian Grey (Jamie Doman), ocorre uma atração irresistível entre ambos e eles se tornam amantes. Mas para o Dr. Grey existem regras no relacionamento sexual tipo sadomasoquista, em que ele é o dominador e a parceira terá que se submeter ao que ele determinar. Isto é novo para Anastásia, que fica em dúvida se aceita ou não esse tipo de relacionamento.
Romance em que o marketing é todo voltado para o erotismo com ambiente e atores esteticamente corretos demais. Tem momentos bem humorados em locais bonitos, apesar da fórmula machista e retrógrada. E as cenas de sexo não são tão ardentes como as divulgadas no trailer,  “para perder o controle”. São bem filmadas mas muito artificiais. E existe o “quarto vermelho da dor” tão esteticamente arrumado, que não causa frisson.
O ator Jamie Doman com atuação fraca e sem expressão, não convence como um milionário sádico. A bonita atriz Dakota Johnson está melhorzinha, mas a mordida no lábio inferior que a todo instante ela dá, chega a irritar, como se este artifício demonstrasse a sua sensualidade.
Filme fraco e chato, com trama e roteiro pobre, um final indicativo que vai ter sequencia, um blefe com bilheteria certa. A maior qualidade está na trilha sonora, que é bem agradável.
Na realidade, que controle este suposto sádico Grey possui neste jogo de sedução, se a cada chicotada tem a cerimônia de perguntar a pobre Anastácia se gostou e quer mais?
Elementar demais, caro casal Grey e Anastásia!