Direção de James Marsh, o filme A Teoria de Tudo (Reino
Unido) é a cinebiografia do grande físico britânico Stephen Hawking, baseado no
livro da sua primeira esposa Jane Wide.
Um drama comovente com força poética, que fala de vida, superação,
renúncia, ética moral, compaixão, coragem, gratidão, doação através da força do
amor.
Conta detalhes da conhecida vida do gênio da física Stephen
Hawking ( Eddie Redmayne), que aos 21 anos, estudante da Universidade de Oxford,
descobriu que estava com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), uma doença
degenerativa e incurável que atinge o Neurônio Motor, e aos poucos vai perdendo
a força muscular do corpo e órgãos, menos o cérebro. Com uma expectativa de
vida de 2 anos, Stephen Hawking teve a capacidade de se auto superar e usar a
sua genialidade em prol da humanidade, estudando a teoria da origem do Universo
e os buracos negros dos cosmos.
Um exemplo de vida, de resiliência e esperança, e acima de
tudo uma linda e triste história de amor, contando com o apoio e ajuda
fundamental de Jane Wide (Felicity Jones), uma jovem estudante de Cambridge que
renunciou à sua vida profissional por amor, casando e se dedicando a cuidar de Stephen e seus três filhos. Uma mulher de aparência frágil
mas de uma fortaleza inabalável, um baluarte para a superação de Stephen. É
incrível assistir neste drama a ascensão de um gênio enquanto degradação física
pela doença, e que o amor é capaz de superar todas as adversidades, mesmo quando
se torna um fardo pesado.
Com ótima fotografia e trilha sonora tocante, um
melodrama com roteiro bem escrito sem ser inovador, uma trama clássica e
tristemente bonita.O foco do filme não é a física, mas a história de
amor entre Stephen e Jane, cheia de sutileza e dedicação.
É inegável o desempenho dos protagonistas, não à toa o ator
Eddie Redmayne ganhou o Oscar 2015 de Melhor Ator. É impressionante a
transformação deste ator, inclusive ao ficar mudo uma boa parte do filme. É
algo magnífico o seu olhar e nuance cheio de espirituosidade, super parecido
com o verdadeiro Hawking. E a sintonia entre Eddie Redmayne e Felicity Jones é
fantástica.
Saímos da sessão a refletir sobre a pequenez de nossos
problemas, que muitas vezes por motivos banais nos abalam e deprimem. E este
drama nos leva a olhar a vida além do Universo, e que o ser humano é capaz de
se auto superar, com sua força mental e crença em Deus, apesar do físico
Stephen Hawking ser ateu convicto.
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