Quer assistir um filme original, com uma estética perfeita,
meio onírico, então entre no Grande Hotel Budapeste, direção do genial cineasta
Wes Anderson (responsável por filmes como Os Excêntricos Tenenbaums, O Fantástico Sr. Raposo, Moonrise Kingdom, entre outros).
Como se estivesse olhando por um olho mágico em um mundo
surreal, em uma Europa que só existe na imaginação deste diretor, super
colorido, com cores gritantes, um ambiente brega/clássico, com personagens
caricatos, costumes locais bem valorizados, tudo super extravagante e
grandioso, eis o clima deste filme.
Nesta comédia dramática os mínimos detalhes são observados,
em tempos de outrora, um clima de magia com timing cômico e ritmo bem
acelerado. O espectador penetra no Grande Hotel Budapeste com suas aventuras; em
certos momentos parece que vai cansar, e eis que de repente tudo se renova em
uma contação de histórias sem fim.
Inspirado na obra do escritor austríaco Stefan Zweig (que
faleceu em Petrópolis/ RJ), entre várias histórias temos a principal, as aventuras
do concierge do Hotel Budapeste, M. Gustave (Ralph Fiennes) e seu dedicado mensageiro
Zero (Toni Revolori), em um clima de amizade leal e pitoresca. Quando M.
Gustave recebe como herança um quadro valiosíssimo de uma senhora que tinha seus agrados, inicia-se
uma verdadeira batalha com os familiares, regada a roubo, brigas, perseguição,
assassinato.
O ator Ralph Fiennes está admirável como o concierge do
hotel, merece aplausos pela construção segura de um personagem arcaico e esnobe
ao mesmo tempo. O filme ainda conta com um time de atores de primeira, como F.
Murray Abraham, Mathieu Amalric, Owen Wilson, Willem Dafoe, Jude Law, Tilda
Swinton, Léa Seydoux, Adrien Brody e outros, cada um deixando sua marca registrada em papeis interessantes.
Um mundo fantasioso do leste Europeu nos é apresentado de forma
criativa e original, com seus excessos bregas e estilosos, a nostalgia presente
no ar, onde o público não se envolve afetivamente com os personagens, mas com
um humor peculiar, afetado e cheio de artimanhas. Tudo flui de forma homogênea
e rápida, com muita ação e reação, e haja pastelão. Excelência na fotografia,
direção, roteiro, figurino e trilha sonora, e o figurino é impagável.
Verdadeira sétima arte com uma trama que prende do início
ao fim, vale muito mais que o ingresso do cinema. Venha para o mundo de Wes
Anderson e entre no Grande Hotel Budapeste, aprecie o local, os visitantes, os
empregados, o clima de fantasia no ar, e suas histórias neste projeto perfeito,
a todo vapor. E Boa Estadia!!!
Você disse tudo, Márcia, impagável contação de uma história. E o cansaço, não gosto dessa palavra, em se tratando da 7a. Arte, é o da expectativa da próxima situação de fantasia.
ResponderExcluir