Com direção e roteiro da cineasta Maya Forbes, o filme
Sentimentos Que Curam (EUA) é uma drama
com doses de humor, e praticamente conta a vivência da diretora com sua
família, cujo pai era maníaco depressivo.
Um tema delicado, a Bipolaridade, tradicionalmente conhecida
por Psicose Maníaco Depressiva, é uma doença psiquiátrica caracterizada por
variações de humor, crises repetidas de depressão e manias. As crises podem ser
graves, moderadas ou leves. Esta doença repercute no comportamento social da
pessoa, com perda da saúde e da autonomia da personalidade. Tudo torna-se
excessivo, as emoções e reações dos estímulos, uma hiperatividade fora de controle. O abuso de
álcool e outras substâncias é um fator preponderante nas pessoas com esta
doença.
Passado em Boston nos anos 70, período marcado pelo
movimento hippie e libertário, conta a
história de Cameron (Mark Ruffalo), casado com Maggie (Zoe Santana), uma família com duas lindas
filhas. Apesar do amor existir nesta família, o casamento não conseguiu sobreviver por Cameron ser bipolar.
Devido sérias dificuldades
financeiras, Maggie decide fazer um curso de especialização em Nova York, e
quem vai tomar conta das crianças é Cameron, que terá que aprender a se tornar adulto
e ter controle para assumir responsabilidade com a educação das crianças e as tarefas da casa.
Um tema complexo, mostra a dificuldade de uma família quando um
membro é portador de uma disfunção que afeta toda a estrutura familiar e a
educação dos filhos. Um bom roteiro, trilha sonora coerente com o drama, momentos perturbadores permeados com outros de humor e doçura; praticamente o objetivo é mostrar a relação
de Cameron com suas filhas, não se aprofundando na questão.
O ator Mark Ruffalo tem uma atuação dominante no filme, um personagem simpático e envolvente que praticamente sustenta o filme.
Fica bem claro para a plateia que o amor existe nesta
família, e a necessidade de uma pessoa com uma doença psiquiátrica ter
consciência do seu problema, inclusive do uso correto das medicações controladas. E que este sentimento maior
que é o amor é capaz de tudo, até de salvar as pessoas das suas próprias deficiências.
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