O mais novo filme do grande
diretor grego naturalizado francês, Constatin Costa Gavras, intitulado O
Capital é uma adaptação do romance homônimo do escritor Stéphane Osmont, e seu
título é uma referência à obra de Karl Marx.
Este thriller com drama e
suspense tem como tema central o mundo capitalista, onde o dinheiro que leva ao
poder corrompe muitas pessoas, as que estão no ápice e também quem almeja
alcançar o topo no mundo dos negócios.
Conta a ascensão do inescrupuloso
Marc Tourneuil ( Gad Elmaleh) ao posto da Presidência de um importante banco
francês , o Phénix, que se encontra em crise financeira. Colocado neste posto
devido ao estado de saúde precário do atual Presidente, com o objetivo de ser um
presidente temporário e sem credibilidade, Marc consegue o controle unilateral
sobre o banco e seu Conselho Administrativo.
Tomando como linha de Hobin Hood
ao inverso, com o lema de ¨roubar dos pobres para dar aos ricos¨, Marc consegue
de forma ilícita e através de muita corrupção, a demissão maciça dos
funcionários. E ainda fecha um acordo corrupto com um fundo de investimento
americano.
Com o casamento quase fracassado,
sua esposa Diane Tourneuil ( Natacha Régnier) não concorda com sua maneira de
agir e seu envolvimento com modelos e pessoas que só se aproximam por
interesse. Marc por sua vez se aproveita da situação para fazer altos
investimentos em prol de sua própria fortuna.
Enfim, o mundo capitalista e esta
grande máquina chamada dinheiro versus poder, onde muitos fracassam , alguns
sobrevivem, a maioria torna-se escravo desta máquina insaciável do século XX.
O protagonista Marc muito bem interpretado pelo ator Gad Elmaleh,
junto com a trama bem arquitetada do filme, consegue que apostemos nele,
na sua mudança ética, apesar dos seus atos tão questionáveis.
O filme consegue transformar um
trhiller atraente e sagaz através da ótica do poder, mostrando grandes
executivos e suas artimanhas e facetas neste mundo de bancos e investimentos,
onde o lucro está acima de tudo e para alcançar este objetivo, as pessoas são
capazes de atos que ferem à ética. Através dos bastidores do mundo capitalista,
traz a crise econômica que anos atrás afetou a Europa e Estados Unidos,
interferindo no mundo inteiro. Pela ótica das instituições financeiras , as
negociatas e a política necessária nas grandes jogadas do mundo financeiro.
No final fica a mensagem da
corrupção neste meio financeiro alto, que o dinheiro e o poder corrompem as
pessoas e subverte os seus valores éticos e morais. E que o próprio sistema
muitas vezes leva a certas situações onde o dinheiro fala mais alto,
infelizmente.
Um retrato muito bem roteirizado do mundo das
grandes finanças e negociações, com seus reveses, seu domínio e impiedosa
realidade, seus conchavos e tramas, e que isso acontece no mundo atual.
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