O filme O Tempo e o Vento, baseado na obra de Érico Veríssimo ¨O Continente¨, tem a direção de Jayme Monjardim, diretor responsável pelo filme Olga.
Conta a história de duas famílias
dos pampas gaúchos, os Terra-Cambará e os Amaral, inimigas na Cidade de Santa Sé,
que por muitos anos lutaram por terras
nesta região.
Passado no final do século XIX,
tem como personagem principal a Bibiana (Fernanda Montenegro), já idosa e suas
recordações com seu amor do passado, o capitão Rodrigo (Thiago Lacerda), grande amor de sua vida e que se tornou seu marido.
Bibiana relembra e conta durante
todo o filma a história de seus antepassados, começando pela sua avó Ana Terra
(Cléo Pires) que teve um amor proibido com o índio Pedro (Martin Rodrigues), e com quem teve um filho, iniciando assim outra geração. E
a história que se passa por várias gerações em mais de 100 anos, mostra a
rivalidade entre os Terra-Cambará e os Amaral., onde muitos personagens são
mostrados através de um flashback .
O filme mostra a formação do povo
gaúcho, e através de uma linda fotografia de Affonso Beato, com as paisagens do
sul da País e as batalhas que ocorreram nesta região.
Fernanda Montenegro é o grande
diferencial do filme, faz uma personagem de forma magnífica, com uma suavidade e
intensidade ao mesmo tempo. O ator Thiago Lacerda também está muito bem no
papel do Capitão Rodrigo, o grande amor de Bibiana, com um sorriso
desconcertante, um humor irreverente e personalidade única. A atriz Marjorie Estiano interpreta Bibiana quando jovem e que se apaixonou e casou com o capitão Rodrigo.
O filme é bem feito mas torna-se
arrastado, talvez pela necessidade de condensar as histórias de várias gerações,
além de lembrar um pouco o seriado A Casa das Sete Mulheres, e a certo momento
parece que estamos diante de um grande seriado dentro do moldes globais e com os já conhecidos atores de novelas e seriados.
Filme que tem sua importância por
mostrar a cultura do Rio Grande do Sul e as batalhas que ocorreram nesta época
, quando este estado do Sul lutou para se tornar uma República.
A saga das famílias Terra-Cambará e Amaral, de importância histórica na formação do Rio Grande do Sul, é contada com habilidade e encantada por imagens, nada a esperar de menos, já que sob a direção de Jayme Monjardim. Interpretações excelentes, além de Fernanda Montenegro, sempre um deleite. Em minha opinião, perde o filme por dar a impressão de estar assistindo no cinema a um seriado nos moldes dos da tv.
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