quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O LABIRINTO DO FAUNO




Saber aliar a ficção à realidade, eis o grande trunfo do cineasta Guillermo Del Toro, nesta grande película O Labirinto do Fauno (2006), uma produção EUA/Espanha México.
Espanha, 1944, fim da Guerra Civil. Ofélia (Ivana Baquero), uma menina de 10 anos, vive em uma casa com um enorme jardim, com sua mãe Carmen (Ariadna Gil) e seu padrasto, o capitão Vidal (Sergi López), que luta contra os guerrilheiros, um grupo de rebeldes que vive nas montanhas. Vidal é o capitão das forças fascistas do general franco, um homem muito cruel que gosta de maltratar Ofélia.
Solitária, Ofélia gosta de passear nos arredores dos jardins de sua mansão. Entre a fantasia e a realidade, Ofélia descobre um labirinto, cheio de figuras sinistras, que irá lhe mostrar um novo caminho para sua vida, onde a magia se juntará  ao real, e muitas coisas mudarão dali para frente.
Nesta nova experiência que se inicia na vida de Ofélia, ela conhece um fauno ( o mímico Doug Jones), uma criatura metade humana, metade bode. O fauno a convence que ela é uma princesa e precisa realizar três  tarefas para conseguir alcançar seu reino. Então Ofélia  entra em uma aventura cheia de fantasia misturada a sua realidade.
Com esta excelente trama, diálogos e efeitos especiais espetaculares, o filme consegue a façanha de inserir magia aos acontecimentos, tendo ao fundo uma trilha sonora digna deste grande filme, nos emocionando e nos inserindo neste contexto.
Ofélia deseja um mundo livre de violência e maldade, e para isto precisa se refugiar na fantasia, no lúdico, como uma zona de conforto para a sua vida. Ela consegue com sua imaginação, sair da crueldade do mundo nazista e entrar em um mundo paralelo, para achar o verdadeiro sentido para sua vida.
Filme soberbo, onde o espectador embarca na viagem que preferir, ofuscando a realidade à sua fantasia. Este filme fantasioso nos ensina que muitas vezes, para conseguir viver o mundo real, temos que colocar a nossa imaginação, os nossos sonhos, para alcançar os nossos objetivos. Só assim conseguiremos sair ilesos emocionalmente e sobrevivermos à uma realidade que nos oprime.
Filme genial, onde direção, roteiro, atores, trilha sonora são impecáveis. Considerado o filme do ano de 2006, ganhador de vários prêmios, unânime aclamado pelos críticos, uma verdadeira obra de arte.



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