Novo filme do cineasta Woody Allen, Magia ao Luar (EUA) traz questionamentos sobre o ceticismo e a crença, sobre o verdadeiro talento e o charlatanismo, sobre a vida e a forma de admirá-la e vivenciá-la.
Filme leve, ótimos personagens com atuações de peso, bons diálogos, alguns clichês previsíveis,
mas um bom filme estilo Woody Allen.
Contada de forma leve e divertida, conhecemos Stanley
(Colin Firth), um famoso ilusionista que consegue anestesiar o público com
suas mágicas incríveis, especialista em descobrir quem tem verdadeiro dom do talento
ou é simplesmente charlatão. Apesar de levar magia ao público, no íntimo
Stanley é um cético narcisista, um cara rabugento e prepotente, descrente da
vida e da magia que ele próprio cria.
Convidado por um amigo que também é mágico a ir ao Sul da
França com o intuito de desmascarar a jovem Sophie (Emma Stone), que se diz
médium e conquistou a todos com sua beleza e espontaneidade, inclusive uma
família rica, cujo filho está apaixonado por Sophie.
Após várias situações que põem em questionamento a
mediunidade da charmosa Sophie, eis que Stanley, um descrente que sente-se todo
poderoso na sua arte de ludibriar as pessoas, a duvidar do seu ceticismo, a
crer em outras realidades, a perceber que existe magia no ar, deixando de ser
mera ilusão para se tornar verdade absoluta.
Comédia romântica ambientada na Cote D’Azur, com linda
fotografia, figurino de época, trilha sonora recheada de jazz (ritmo favorito
de Woody Allen), enfim um filme charmoso e sutil, com diálogos inteligente e
divertido, apesar de, em certos momentos tornar-se repetitivo e meio cansativo. O ponto forte é a atuação dos
protagonistas Stanley e Sophie, e os atores Colin Firth e Emma Stone têm uma
química perfeita, personagens tão opostos que a atração torna-se previsível
nesta história cheia de magia e dúvidas, diante do talento e charlatanismo.
Um Woody Allen típico. Com trama interessante baseada em verdade/mentira, real/ilusório, WA aproveita todos os recursos da fantasia para colocar as questões existenciais sempre presentes em seus filmes. Boa pedida para se distrair com belos figurinos e luz diáfana.
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