Filme do gênero ficção científica /drama, direção de
Phillip Noyce, O Doador de Memórias ( no original, The Giver) é uma adaptação do livro homônimo de Lois
Lowry.
Com o objetivo de atingir um público de várias idades, em
especial o juvenil, com um tema interessante, tem como proposta uma sociedade
futurista, onde todos os habitante vivem em completa harmonia.
Com boa fotografia, bons cenários, em preto e branco , onde
as cores só aparecem quando o personagem principal, o jovem Jonas, enxerga outro
mundo onde existe sentimentos e as emoções. Mas o roteiro é inconsistente,
diálogos deixam a desejar, comprometendo a história
tão legal do livro.
Em um mundo futurista utópico, uma comunidade vive em total
harmonia, as pessoas são verdadeiros robôs, pois não possuem memórias e com
isso se organizam, trabalham, formam famílias, de acordo com o mandamento dos
anciãos. Desde o nascimento, as crianças são preparadas para uma função e apenas
uma será responsável pelo armazenamento de todas as memórias, e é quem no futuro
orientará a comunidade.
O escolhido para ser o
receptor de memórias é o jovem Jonas
(Brenton Thwaites), um jovem idealista. Ao receber do ancião preceptor (Jeff
Bridges) as informações, ele passa a conhecer outro mundo, onde existe emoções
e sentimentos, mas também guerra e outras imperfeições.
Jonas não aceita o sistema atual e se rebela, comprometendo
assim o futuro da comunidade, pois ao conhecer outro universo, ele se encanta e
deseja esta mudança para a sociedade que vive. Pois ele percebe que as pessoas
da comunidade são pseudo felizes, pois na realidade não possuem sentimentos, como amor,
amizade, etc. E mesmo que a mudança traga dor, trará também esses sentimentos que dão sentido e colorido às vidas das pessoas.
Os atores Meryl Streep e Jeff Bridges como os anciãos, assim como Katie Holmes como a mãe de Jonas, são um chamariz para o filme e estão bem para o que se
propõem.
Filme de ficção que com certeza terá uma boa bilheteria com
um tema instigante e forte, que faz crítica a sociedade diante de um sistema
totalitário, mais dramático do que de ação, com qualidades; mas roteiro fraco,
deixando a desejar no contexto geral, tornando-se monótono e previsível demais.
Enfim, muita embalagem para pouco conteúdo. Mas vale a pena assistir e tirar suas conclusões, possível plateia dividida.
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