domingo, 15 de junho de 2014

A CULPA É DAS ESTRELAS

Com força total chega às telas o longa A Culpa é das Estrelas, direção de Josh Boone, adaptação do livro homônimo do escritor John Green, best-seller que mexe com os corações principalmente dos adolescentes, uma reprodução coerente em emoção e fidelidade à narração deste livro, um dos mais vendidos dos últimos tempos.
O melodrama conta a história da adolescente Hazel Grace Lancaster (Shailene Woodley), que luta contra um câncer de tireóide em fase terminal. Em terapia psicológica com um grupo de apoio, Hazel Grace conhece  Augustus Waters ( Ansel Elgort), um jovem otimista e espirituoso, portador de câncer ósseo. Os dois se apaixonam e mesmo com suas limitações e um futuro cheio de interrogações, decidem viver o momento presente e a descoberta do primeiro amor de forma intensa e apaixonada.
Esses dois jovens têm visões diferentes da vida e da forma de enfrentar a doença. Enquanto   Hazel Grace, uma jovem amadurecida e altruísta, vive reclusa e  preocupada com a dor de seus pais e como eles ficarão quando ela se for deste mundo, o irreverente Augustus quer viver intensamente a vida e tem interesse em deixar sua marca na terra, para lembrarem sempre dele quando morrer.
Uma produção inteligente neste love story moderno tipo Romeu e Julieta, só que neste caso os empecilhos de viverem o infinito amor não é por impedimento da família, mas da própria vida com seus infortúnios e suas ciladas. Este filme conseguiu levar às telas a magia do livro, jovens encantadores que decidem vivenciar o primeiro amor, sabendo que têm prazo de validade. Apesar da doença e da terrível sensação de que a vida se esvai, eles transmitem alegria e o humor da juventude através da dor.
Neste drama as situações e diálogos fluem com leveza, apesar da intensidade do tema, soando romântico sem ser piegas. E explora assuntos atuais e fortes, como a luta de pessoas jovens contra esta doença considerada o mal do século, a importância do apoio familiar e grupos de ajuda, a descoberta do primeiro amor. E o quanto é importante estar aberto às pessoas e à vida, mesmo em fases tão tumultuadas como a dos personagens Hazel Grace e Augustus.
O diretor acertou em cheio ao escolher os jovens atores Shailene Woodley e Ansel Elgort (atuaram no filme Divergente) para os  papeis principais; eles possuem ótima química, agem com naturalidade, sem apelar nem constranger. Suas atuações comoventes com certeza arrancarão lágrimas e suspiros da plateia.
Com bela fotografia e trilha sonora fiel ao tema, este drama consegue equilibrar um tema pesado e dramático com momentos espirituosos, com certa leveza e muito romantismo, prato feito para os adolescentes, mas que agrada a todas as idades.
Um filme que mexe com nossos sentimentos, estes jovens  nos ensinam a lidar com questões tão sérias de forma tão amadurecida, e mostra como a vida é bela, simples e o ser humano complica. Que nem uma doença é capaz de destruir o amor e o otimismo das pessoas, a importância de lutar e seguir em frente, e mesmo quando as tempestades aparecem, o caminho tem que ser trilhado de forma grandiosa. 
O importante não é a extensão, mas o que se faz com a riqueza de uma vida. E a maior marca que deixamos neste mundo é através do amor e dos atos de altruísmo e solidariedade.

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