Você se imagina indo assistir a
uma comédia leve, divertida, romântica, com o charme e a ingenuidade das
grandes comédias dos anos 1950/60, como Bonequinha de luxo, Os guarda-chuvas do
amor, Cantando na chuva ?
Então vá assistir ao filme A
Datilógrafa, uma comédia romântica francesa, com direção de Regis Roinsard, com
roteiro impecável, trilha sonora super adequada ao tema, um filme esteticamente
limpo, ardiloso, uma narrativa doce, como a nouvelle vague francesa, com
figurino bem sugestivo da época, e uma mocinha sonhadora mas extremamente decidida.
Conta a história da jovem romântica
Rose Paphule, nos meados dos anos 1960, que mora com seu pai na região da Baixa
Normandia, e tem sonhos mais ambiciosos do que casar e ser uma dona de casa.
Como a maioria das garotas de sua geração, o sonho de Rose é se tornar uma
secretária de um escritório importante . Rose é ingênua, mas otimista e
determinada, deixa sua cidade e emprega-se no escritório de um corretor de
seguros Louis Echard, este acomodado em todos os sentidos, inclusive na vida
sentimental.
Mesmo sendo uma pessoa
inexperiente, atrapalhada, sem as características de uma secretária, ele a
contrata pelo fato de ser uma exímia datilógrafa. E começa a prepará-la para
participar dos concursos de rapidez datilográfica, muito comum nesta época,
inclusive entre países. E lá vai Rose tentando vencer os campeonatos até chegar
a nível nacional. E é claro, como toda comédia que se preza, se apaixonando
pelo seu chefe.
A atriz Débora François
interpreta magnificamente a doce e decidida Rose, faz o tipo bonequinha, nos
lembrando Audrey Hepburn e Grace Kelly ( ela trabalhou no filme A Criança dos Irmãos Dardenni).
O ator Romain Duris ( fez o filme
Albergue Espanhol e Bonecas Russas) está bem competente no papel de galã
charmoso, apesar de não ser o tipo bonitão, tem um desempenho à altura do seu
papel.
O diretor consegue copiar com
destreza o universo das antigas comédias românticas que fizeram tanto sucesso,
a gente fica na cadeira torcendo pelo desfecho feliz da história e nos
colocando como verdadeiros torcedores nas maratonas de datilografia.
Existe um equilíbrio no filme
incrível, não caindo na afetação exagerada, no caricato que faz parte do filme
é claro, mas apesar de ingênuo, nos leva à atualidade . E mostra que a força do amor é capaz de superar todas
as dificuldades.
Despretensioso, você sai do filme
com a cabeça leve, sentindo um agradável bem estar, com vontade de retornar ao
tempo em que o frescor e o romantismo faziam parte do amor e do cotidiano das
pessoas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário