terça-feira, 4 de junho de 2013

A DATILÓGRAFA

  
Você se imagina indo assistir a uma comédia leve, divertida, romântica, com o charme e a ingenuidade das grandes comédias dos anos 1950/60, como Bonequinha de luxo, Os guarda-chuvas do amor, Cantando na chuva ?  
Então vá assistir ao filme A Datilógrafa, uma comédia romântica francesa, com direção de Regis Roinsard, com roteiro impecável, trilha sonora super adequada ao tema, um filme esteticamente limpo, ardiloso, uma narrativa doce, como a nouvelle vague francesa, com figurino bem sugestivo da época, e uma mocinha sonhadora  mas extremamente decidida.
Conta a história da jovem romântica Rose Paphule, nos meados dos anos 1960, que mora com seu pai na região da Baixa Normandia, e tem sonhos mais ambiciosos do que casar e ser uma dona de casa. Como a maioria das garotas de sua geração, o sonho de Rose é se tornar uma secretária de um escritório importante . Rose é ingênua, mas otimista e determinada, deixa sua cidade e emprega-se no escritório de um corretor de seguros Louis Echard, este acomodado em todos os sentidos, inclusive na vida sentimental.
Mesmo sendo uma pessoa inexperiente, atrapalhada, sem as características de uma secretária, ele a contrata pelo fato de ser uma exímia datilógrafa. E começa a prepará-la para participar dos concursos de rapidez datilográfica, muito comum nesta época, inclusive entre países. E lá vai Rose tentando vencer os campeonatos até chegar a nível nacional. E é claro, como toda comédia que se preza, se apaixonando pelo seu chefe.
A atriz Débora François interpreta magnificamente a doce e decidida Rose, faz o tipo bonequinha, nos lembrando Audrey Hepburn e Grace Kelly ( ela trabalhou no filme A Criança dos Irmãos Dardenni).
O ator Romain Duris ( fez o filme Albergue Espanhol e Bonecas Russas) está bem competente no papel de galã charmoso, apesar de não ser o tipo bonitão, tem um desempenho à altura do seu papel.
O diretor consegue copiar com destreza o universo das antigas comédias românticas que fizeram tanto sucesso, a gente fica na cadeira torcendo pelo desfecho feliz da história e nos colocando como verdadeiros torcedores nas maratonas de datilografia.
Existe um equilíbrio no filme incrível, não caindo na afetação exagerada, no caricato que faz parte do filme é claro, mas apesar de ingênuo, nos leva à atualidade . E mostra  que a força do amor é capaz de superar todas as dificuldades.
Despretensioso, você sai do filme com a cabeça leve, sentindo um agradável bem estar, com vontade de retornar ao tempo em que o frescor e o romantismo faziam parte do amor e do cotidiano das pessoas.





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