Com direção de Ben Lewin , esta comédia dramática é
baseada na história real de Mark O’Brien, escritor e poeta de 40
anos de idade, que ficou tetraplégico na infância devido poliomielite. Ele só
tem o movimento da cabeça e precisa usar um aparelho chamado ¨pulmão de
aço¨para conseguir respirar . Ele trabalha em casa, precisa ter uma cuidadora,
mas consegue fazer algumas atividades usando a boca. E sua vida se resume a ir a Igreja conversar com o
padre , que se torna seu amigo pessoal. Numa das confissões , Mark fala da sua
vontade de fazer sexo e das suas limitações .
Mark passa então a ter sessões
com terapeuta sexual, especialista em exercícios de auto conhecimento corporal,
para inclusive chegar até o sexo.
O ator John Hawkes interpreta
este protagonista de forma magistral, usando expressões do rosto, demonstrando que, apesar da sua deficiência,
ele é uma pessoa culta, inteligente e principalmente, bem humorada, sem
reclamar da sua situação, as vezes até constrangedora para quem assiste, pelo tabú existente para se falar desta questão.
Helen Hunt faz a terapeuta sexual
de maneira bem natural, sem medo da nudez apesar da sua idade , e este é o
diferencial do filme.Ela concorreu ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2013
por este filme.
O filme fala de limitações com
humor irônico, onde o personagem é
colocado, como um ser humano fascinante, envolvente, uma história delicada,
realista, onde o sexo é abordado de forma natural e bem humorada, deixando uma
grande lição de vida para os telespectadores, de que todas as pessoas têm o direito
de ter uma vida ¨normal¨ em todos os sentidos, e como o bom humor facilita a
vida das pessoas.
O expectador acompanha
curiosamente o desenrolar da história, inclusive para saber como será o final. Uma mensagem de coragem e otimismo para as pessoas que se queixam e olham a vida
de forma pessimista.
Este filme é fácil de encontrar nas locadoras, já não está em cartaz nos cinemas.
Este filme é fácil de encontrar nas locadoras, já não está em cartaz nos cinemas.
"As sessões" poderia ser mais um filme sobre superação, vai além. Mark O'Brien vitima de poliomielite (paralisia infantil), acaba fascinando-nos pois, para além da limitação extrema, dispõe-se a não paralisar. Com brilho próprio e humor invejável, "apesar de", consegue aproximar pessoas, tornar-se querido, envolvente, desejável. O trabalho para desenvolver sua sexualidade, realizado com ajuda terapêutica, é pura delicadeza, naturalidade, profissionalismo, respeito e emoção. Da mesma forma, respeitosa e humana é a relação com o padre, que dispõe-se a partilhar de seus conflitos e dessa aventura (ventura?).
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