terça-feira, 25 de junho de 2013

BEL AMI - O SEDUTOR




  
Com  direção de Declan Donnellan e Nick Ormerod , o filme Bel Ami -o Sedutor (Reino Unido/Itália) é uma adaptação do romance escrito por Guy deMaupassant, um drama ambientado em Paris do século XIX, tendo como pano de fundo a sociedade hipócrita daquela época, onde os homens eram senhores do poder e para eles tudo era permitido. Mas as suas esposas, a quem eles partilhavam seus segredos e intrigas políticas, eram quem tinham o domínio da situação.
O jovem e belo Georges Duroy , interpretado por Robert Pattinson, vive uma situação de pobreza , em uma casa imunda, cheia de insetos e com falta de provimentos, e almeja subir na escala social a qualquer preço. Então ele utiliza a sua juventude, beleza e o seu charme como poder de sedução junto às esposas de três homens ricos e de influência política. Com seu carisma e tendo o sexo como consequência , levando as mulheres à entrega e paixão, Georges vai conseguindo penetrar neste meio social, ir às mansões e aos bailes promovidos pela sociedade burguesa . Logo se torna conhecido pelo apelido de Bel Ami, e apesar do sucesso e do dinheiro, não consegue ser respeitado, principalmente pelos homens de influência.
O filme torna-se um suspense num jogo de sedução, há traições de todos os níveis, explorando os ambientes da época, o cinismo dos casamentos de fachada com seus segredos envolvidos, o quanto o poder de sedução pode elevar uma pessoa socialmente, mesmo que não tenha mérito. Georges descobre este caminho para o poder e a riqueza, sempre utilizando seu charme com as esposas de políticos e magnatas de Paris.
O fato de Robert Pattinson protagonizar este filme atraiu um público fiel à Saga Crepúsculo, como também críticos e curiosos em observar o seu desempenho fora do padrão dos filmes anteriores. Na minha opinião Robert Pattinson demonstra uma certa insegurança , passando uma atuação muita caricata como se estivesse desconectado, tanto nos ambientes insólitos como nos salões de um palacete, sempre a mesma expressão tediosa.
O interessante é que as atrizes Kristin Scott Thomas, Uma Thurman e Christina Ricci, que em geral interpretam mito bem, demonstram neste filme uma dramaticidade exagerada como se estivessem em um grande palco teatral, perdendo-se a naturalidade. Será que era isto que o diretor quis passar para a plateia? Se era este seu intuito, perdeu a oportunidade de fazer um filme que tinha no seu enredo tudo para agradar, para se tornar um filme cansativo, chato, com personagens e histórias confusas. A ressalva positiva fica a cargo dos figurinos de época e da trilha sonora que dá uma certa expressão ao filme.
Mesmo assim considero válido assistir a este filme, pois nos leva a divagar sobre o poder de manipulação que certas pessoas possuem e como utilizar esta arma poderosa de forma adequada, e no caso do jovem e belo Georges Duroy  deixo uma indagação: Georges foi manipulador ou foi manipulado? Penso que as duas faces desta moeda o nosso protagonista provou. E no mundo atual a beleza ainda exerce este poder, muitas vezes em detrimento do saber e da essência.Agora cabe a você, expectador, assistir o filme e tirar suas próprias conclusões.





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